O governo federal e o governo do Mato Grosso do Sul não conseguiram atrair interessados no leilão da chamada Rota da Celulose, que previa a concessão de trechos da BR-262/267 no estado, além de parte das rodovias estaduais MS-040/338/395.
A entrega de propostas por parte dos interessados teria de ser feita na manhã desta segunda-feira (2), mas nenhum proponente entregou envelope na sede da B3, em São Paulo. O leilão estava marcado para a próxima sexta (6).
A Rota da Celulose, que passa por Campo Grande, Bataguassu, Três Lagoas e Nova Alvorada do Sul, tinha previsão de receber R$ 5,8 bilhões em obras de longo prazo, além de R$ 3 bilhões em ações de manutenção, ao longo de seus 870 quilômetros, durante 30 anos de concessão. O projeto de concessão foi estruturado pelo governo do Mato Grosso do Sul e seria fiscalizado pela agência de transportes do estado.
Por meio de nota, o governo do Mato Grosso do Sul informou que irá reagendar o leilão. “Assim que estabelecida, a nova data será comunicada oficialmente ao mercado”, declarou o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE).
A Folha apurou que, dentro do Ministério dos Transportes, a avaliação é que os empresários estão focados em outros projetos considerados mais atrativos da carteira de concessões rodoviárias, neste momento, o que teria acabado por deixar a oferta em Mato Grosso do Sul em segundo plano.
No dia 12 de dezembro, o governo federal pretende conceder a Rota Verde, entre Rio Verde, Goiânia e Itumbiara, em Goiás. Na mesma data, tem previsão de ocorrer o leilão das Rodovias Integradas do Paraná, que inclui trechos estaduais e da BR-369.
Em 19 de dezembro, será a vez da ponte São Borja, que liga o Brasil à Argentina, cruzando o rio Paraguai, além de mais um bloco das Rodovias Integradas do Paraná, desta vez ligado à BR-163.
O resultado vazio frustra a contabilidade do Ministério dos Transportes, que pretendia chegar ao fim deste ano com 11 leilões realizados em apenas dois anos de governo, contra os 6 leilões de rodovias realizados nos quatro anos da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Deixe um comentário