O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou nesta quarta-feira (4) que o governo não tem os votos necessários para aprovar o pacote de corte de gastos. Lira disse que o Congresso “não vai faltar”, mas citou que o momento é de “turbulência interna”.
Quando anunciou o pacote de medidas que visam equilibrar as contas públicas, na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou em “corrigir excessos” e combater “privilégios incompatíveis com o princípio da igualdade”.
Uma dessas medidas é a regulamentação de supersalários e a retirada dos chamados penduricalhos do topo do funcionalismo —auxílios, benefícios e adicionais. A ideia é limitar a exceções o pagamento fora do teto do serviço público, que tem como base o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, hoje em R$ 44 mil.
Também sob a justificativa de corrigir distorções, o pacote mexe com aposentadorias e pensões de militares, e a reforma da renda apresentada na mesma data cria uma alíquota mínima para quem ganha a partir de R$ 50 mil mensais.
O episódio do Café da Manhã desta quinta-feira (5) discute como ajustar as contas públicas sem agravar desigualdades sociais no país. O professor da Fundação Dom Cabral Bruno Carazza analisa de que forma o ajuste fiscal pode ser um caminho para enfrentar privilégios e quais impactos isso teria no Brasil.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer, Lucas Monteiro e Paola Ferreira Rosa. A edição de som é de Thomé Granemann.
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