A barista Estela Cotes acredita que o café pode ser instrumento de transformação social. Por isso, idealizou um projeto para capacitar mães em situação de vulnerabilidade para trabalharem com café especial, seja como baristas, atendentes ou promotoras de venda.
Assim surgiu o Ma.Mo.Ca – Mães Movidas a Café. Com ajuda de empresas e organizações do setor, Estela conseguiu juntar profissionais a fim de oferecer treinamento e inserir essas mulheres no mercado de trabalho.
“O café do futuro, no Brasil, vai ser ainda mais consumido fora de casa e será exemplo de transformação social”, diz.
A primeira turma do Ma.Mo.Ca se formou no fim de novembro, em Curitiba. A segunda está programada para maio de 2025 –mães interessadas em participar podem se inscrever por meio do link https://tr.ee/SZxSOlWoid . Já quem quiser contribuir pode adquirir um pacotinho de café aqui –o valor das vendas é destinado ao projeto.
Questionada sobre sua cafeteria preferida no mundo, Estela cita a Coffee Collective, em Copenhagen, na Dinamarca.
Esta é a seção “Um Café e Dois Dedos de Prosa”, na qual toda semana alguma personalidade –seja especialista ou mera apreciadora– responde cinco perguntas sobre a bebida.
Confira abaixo a entrevista com Estela. Aliás, se você, leitor, pudesse indicar qualquer personalidade para participar desta seção, quem gostaria de ver por aqui?
Um café e dois dedos de prosa com… Estela Cotes
1. Se tivesse que escolher um café para tomar pelo resto da vida, como seria?
Seria um café especial mais simples do que imaginam! Frutado, encorpado, doce, com acidez baixa… Se for de agricultura familiar, então, melhor ainda! Os cafés mais exóticos, diferentões são incríveis, mostram o potencial dos produtores, da tecnologia, das técnicas do barista. Mas para o resto da vida, um cafezão natural, muito bem feito, acho perfeito.
2. O que não pode faltar na sua pausa para o café?
Leitura. Meu ritual sagrado pelas manhãs é tomar um coado lendo o jornal, com silêncio e calma. E eu acordo bem cedo pra garantir esse momento.
3. Qual sua cafeteria preferida no mundo?
Esse ano consegui finalmente conhecer pessoalmente a Coffee Collective, em Copenhagen, na Dinamarca. Já admirava muito a marca pela consistência e longevidade no mercado de café especial e passei a gostar ainda mais depois de ver de perto as operações nas cafeterias. As cafeterias são minimalistas, a panificação é uma delícia, e os cafés são maravilhosos.
4. O café do futuro será…
Eu acredito que na lavoura o café será cercado por tecnologia de aprimoramento nos processos pós-colheita que ajudem a agregar valor no grão –já que a tendência é que o volume seja menor por conta do clima. Nas cafeterias, o café do futuro terá simplicidade no serviço para romper cada vez mais a bolha do consumo de café especial. O café do futuro, no Brasil, vai ser ainda mais consumido fora de casa e será exemplo de transformação social.
5. Se pudesse escolher qualquer pessoa, com quem gostaria de tomar um café e ter dois dedos de prosa?
Pode ser dois cafés?! Tomaria um café com meu avô Arlindo, que era roceiro em roça de café, e minha avó Terezina, para eles darem boas risadas com o Bento. E a outra xícara tomaria com a Luiza Helena Trajano. Tenho uma profunda admiração pela carreira empreendedora dela e, mais ainda, pelo retorno à sociedade. É muito inspirador ver uma mulher tão grande se engajando em questões sociais importantíssimas, com ações reais de impacto social, sem desistir do Brasil.
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