A Suprema Corte da Romênia anulou o resultado do primeiro turno da eleição presidencial do país nesta sexta-feira (6), acrescentando que todo o processo eleitoral deverá ser repetido. Antes da decisão, o segundo turno deveria ser realizado no próximo domingo e a votação já está em andamento nas seções eleitorais no exterior.
Depois de ter obtido apenas um dígito nas pesquisas antes do primeiro turno da eleição presidencial em 24 de novembro, Calin Georgescu —que quer acabar com o apoio romeno à Ucrânia na guerra contra Rússia— alcançou uma vitória que levantou questões sobre a legitimidade do processo.
Documentos divulgados pelo principal conselho de segurança da Romênia na quarta-feira (4) disseram que o país foi alvo de “ataques russos híbridos agressivos” durante o período eleitoral.
O atual primeiro-ministro, Marcel Ciolacu, disse ainda nesta sexta que a decisão do tribunal é “a única decisão correta” depois da divulgação desses arquivos.
“O processo para eleger o presidente da Romênia será totalmente repetido, e o governo definirá uma nova data e um novo calendário para as etapas necessárias”, disse o tribunal em um comunicado.
O segundo turno da disputa presidencial, agora cancelado, teria colocado Georgescu, um candidato de extrema direita e pró-russo, contra a líder centrista pró-União Europeia Elena Lasconi.
Os partidos de extrema-direita também tiveram um bom desempenho nas eleições parlamentares do último domingo na Romênia, embora os social-democratas —atualmente no poder— tenham emergido como o maior grupo e esperem formar um governo de coalizão pró-UE.
O tribunal não questionou a integridade da votação parlamentar.
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