Na véspera da reinauguração de Notre-Dame, a reportagem cruzou com o pároco da catedral, monsenhor Olivier Ribadeau Dumas, 63, fumando tranquilamente seu cachimbo enquanto caminhava incógnito por uma rua vizinha à igreja. Dumas foi ordenado padre na própria Notre-Dame, em 1990. “Muita emoção, mas ainda tem muito trabalho”, disse.
Ele foi um dos poucos que puderam vê-la por dentro antes dos demais: “O que chama a atenção é a harmonia do conjunto, de uma grande simplicidade e delicadeza.” Ele falou à Folha sobre a experiência do público.
Que Notre-Dame os fiéis encontrarão?
Visitantes, turistas, peregrinos, independentemente do idioma, da idade e da fé, vêm para experimentar a beleza e a espiritualidade. O mundo inteiro vem a Notre-Dame. Por isso, queremos dar as boas-vindas a todos aqueles que quiserem entrar. Nos dias 7 e 8 será mais complicado, mas depois disso todos serão calorosamente recebidos com alegria.
O que o sr. acha mais bonito quando entra na catedral?
Para mim, o mais importante é que as pessoas a descubram. O que eu acho mais bonito é o prédio em si, mas, acima de tudo, são as “pedras vivas” que estão reunidas ali: a comunidade cristã que celebra, que é bela, mas bela dentro de um espaço que, por si só, é magnífico.
Como conciliar as necessidades de segurança com o livre acesso do público a uma catedral tão importante?
Temos consciência disso e estamos trabalhando com a chefia de polícia para garantir que medidas de segurança sejam tomadas a fim de a catedral ser um local seguro. Ao mesmo tempo, nós, da catedral, temos um plano completo para a segurança das pessoas. Trabalhamos com uma empresa que vai garantir a segurança nos portões de entrada da catedral.
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