Os preços dos contratos futuros do cacau atingiram novos picos em cinco meses e meio nesta sexta-feira (6), conforme estoques permanecem extremamente apertados e o mercado está novamente preocupado com as perspectivas de oferta, enquanto os preços dos contratos futuros do café ganharam 5%.
Os preços futuros do cacau em Londres na ICE (InterContinental Exchange) subiram 36 libras, ou 0,5%, para 7.890 libras (R$ 60,6 mil) por tonelada, depois de atingirem o nível mais alto desde meados de junho, em 8.075 libras (R$ 62 mil) por tonelada.
Negociantes citaram um relatório de um fundo de investimento que prevê que o mercado global de cacau registrará um déficit de 160 mil a 200 mil toneladas na atual temporada, o que representa o quarto déficit sazonal consecutivo.
“Se o clima mais uma vez estiver abaixo do ideal este ano durante a safra principal, a qualidade dos grãos estiver abaixo da média e os estoques globais permanecerem fracos, outro ano de produção fraca significa simplesmente que o preço do cacau provavelmente permanecerá elevado em relação às expectativas de apenas três meses atrás”, disse Jefferies, em nota.
Os contratos do cacau em Nova York fecharam quase estáveis, a US$ 9.853 (R$ 59.400) por tonelada, depois de atingir o patamar mais alto desde meados de junho, a US$ 10.092 (R$ 60.841) por tonelada.
CAFÉ E AÇÚCAR
Os contratos futuros de café arábica subiram 5,3%, para US$ 3,3025 por libra-peso (R$ 19,9), voltando ao pico de US$ 3,3545 (R$ 20,2) de sexta-feira, que foi o maior desde 1977.
Comerciantes locais no Brasil disseram que agricultores venderam a maior parte de seus estoques e estão segurando o que resta. O Brasil exportou 4,75 milhões de sacas em novembro, 21% a mais que no ano anterior.
Os contratos do café robusta subiram 5%, para US$ 5.116 (R$ 30,8 mil) a tonelada.
O contrato março do açúcar bruto avançou US$ 0,61, ou 2,9%, para 21,81 centavos de dólar por libra-peso.
O Brasil exportou 3,39 milhões de toneladas de açúcar em novembro, abaixo dos 3,64 milhões de um ano atrás, segundo dados do governo.
O março do açúcar branco subiu 2%, para US$ 561 (R$ 3.382) por tonelada.
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