A diretoria do Athletico comemorou intensamente o apito final da melancólica derrota para o Atlético-MG, que sacramentou o rebaixamento para a Série B. Ou pelo menos deveria ter comemorado.
Derrubar o Furacão, de orçamento robusto e estrutura invejável, era desafio imensurável no início do ano do centenário, mas foi bravamente atingido pelo indiferente Mario Celso Petraglia e seus acólitos.
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O sentido do sucesso, afinal de contas, é encontrado quando esforços incansáveis são feitos em busca de um objetivo final. Sendo assim, parabéns à diretoria rubro-negra. O sentimento deve ser o da missão cumprida. Abram as garrafas.
Athletico paga preço por ambiente ditatorial no CT do Caju
O ambiente ditatorial imposto por Petraglia com punho de ferro no CT do Caju finalmente cobrou seu preço. Com ele, o Furacão venceu quase tudo: Brasileiro, Copa do Brasil, Sul-Americana. Por pouco não faturou a Libertadores. Almejou o Mundial…
Mas os sonhos terminaram em vexame nacional.
Do grande líder, passando por seus arrogantes subalternos, pela oposição falida e, por fim, aos atemorizados conselheiros, a culpa na “Coreia do Norte” atleticana é generalizada.
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Em sua obra, Arquipélago Gulag, o ex-prisioneiro da extinta União Soviética, Alexander Soljenítsin, narra anedotas cruéis que exemplificam o terror vivido sob os anos de ditadura de Josef Stálin.
Em uma das passagens, o autor cita episódio em que, após discurso de Stálin, membros do partido o aplaudem efusivamente por tempo inacreditavelmente longo: estavam aterrorizados. Ninguém queria correr o risco de ser o primeiro a deixar de aplaudir.
E no Athletico, quem deixaria de aplaudir Petraglia?
Pergunto: no Deliberativo rubro-negro, quem ousaria ser o primeiro a deixar de aplaudir Petraglia? É mais provável que um ou outro desmaiasse de exaustão antes disso. Chamem as ambulâncias.
Aqui mesmo, no UmDois, um dos integrantes do órgão falido expôs o ambiente persecutório instalado entre os asseclas: com medo de represálias, preferiu não expor o próprio nome. Até quem nunca pisou no CT sabe que, sem o anonimato, seria perseguido.
Certo dia, enviei mensagem de whatsapp ao presidente decorativo do Deliberativo, Aguinaldo Farias. O cartola reagiu estupefato. A tentativa de contato direto da imprensa deve ter lhe parecido como a chegada de um marciano à terra. Uma ousadia.
Mas Stalin morreu, a União Soviética caiu, Aguinaldo será esquecido, Petraglia está escrevendo as linhas finais de sua histórica gestão e o Athletico disputará a Série B.
Bem, se o time for novamente montado por Marcio Lara e companhia, fica o aviso: a luta será contra a Série C.
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