quinta-feira , 26 dezembro 2024
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Ucrânia relata baixas de soldados norte-coreanos em Kursk



O Serviço de Inteligência Militar da Ucrânia (GUR) relatou nesta segunda-feira (16) pelo menos 30 baixas de soldados norte-coreanos, entre mortos e feridos, na região russa de Kursk, acrescentando que unidades do Exército de Pyongyang estão sendo reabastecidas após as perdas sofridas.

“Em 14 e 15 de dezembro de 2024, unidades do Exército da Coreia do Norte sofreram perdas significativas perto das aldeias de Plekhovo, Vorozhba e Martinivka na região de Kursk do Estado agressor russo. Pelo menos 30 soldados foram mortos ou feridos”, disse o GUR em um comunicado.

Pelo menos três soldados norte-coreanos também desapareceram na área da vila de Kurilovka, acrescentou o comunicado.

Devido às perdas, os grupos de assalto estão sendo reforçados, principalmente com forças da 94ª Brigada Separada do Exército norte-coreana, para continuar as operações de combate na região de Kursk, destacou o GUR.

Neste domingo (15), a inteligência militar ucraniana já havia relatado que cerca de 200 soldados das forças conjuntas de Rússia e Coreia do Norte foram atingidos em ataques com drones na região de Kursk.

Em meio à escalada do conflito, líderes europeus se reunirão em Bruxelas na próxima quarta-feira, junto ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, para debater novos planos para encerrar a guerra e a até mesmo a possibilidade de enviar “forças de paz” para o território ucraniano.

Putin acusa Otan de se mobilizar perto das fronteiras russas

O ditador da Rússia, Vladimir Putin, estimou nesta segunda-feira em mais de 100 mil o número de soldados americanos destacados na Europa, ao denunciar o aumento da presença militar da Otan nas fronteiras da Rússia.

“Os países da Otan estão aumentando os gastos militares… O número de soldados americanos na Europa ultrapassa 100.000”, disse Putin, ao dirigir-se aos altos escalões do Exército e do Ministério da Defesa da Rússia.

O chefe do Kremlin alegou que “grupos de tropas de assalto da Otan estão se formando perto das fronteiras russas”.

Putin acusou os EUA de continuarem fornecendo armas e dinheiro ao que chamou de “regime ilegítimo em Kiev”, em uma tentativa de enfraquecer e infligir uma derrota estratégica à Rússia.

Além disso, acusou a Otan de enviar mercenários e instrutores militares para a Ucrânia, com o que, em sua visão, Washington estaria promovendo abertamente “uma escalada do conflito”.

“Vemos que o atual governo dos EUA e praticamente todo o ‘Ocidente coletivo’ não estão desistindo de suas tentativas de manter sua hegemonia global”, afirmou.

Por essa razão, comentou que a Rússia é “obrigada” a tomar “medidas adicionais” para garantir a própria segurança e de seus aliados, mas sem se envolver em uma corrida armamentista que prejudicaria o desenvolvimento socioeconômico do país.



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