O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, conversou nesta quinta-feira (19) com seu homólogo venezuelano, o ministro chavista Yván Gil, e reiterou o apoio russo ao ditador Nicolás Maduro, que fraudou as eleições presidenciais de julho e se prepara para ser empossado para o seu terceiro mandato.
“Os ministros discutiram questões bilaterais atuais e reafirmaram a intenção compartilhada de promover uma coordenação abrangente da cooperação russo-venezuelana nos assuntos globais”, cita uma nota divulgada pela chancelaria russa, acrescentando que “Sergey Lavrov expressou apoio à liderança venezuelana antes da posse do presidente Nicolás Maduro para mais um mandato”.
Maduro deverá ser empossado em 10 de janeiro, mesmo dia em que o opositor Edmundo González Urrutia, verdadeiro vencedor das eleições, conforme atas que foram divulgadas, também disse que assumirá a presidência do país sul-americano. González tem manifestado seu desejo de retornar para Venezuela.
O pleito venezuelano foi amplamente criticado pela comunidade internacional, e não foi reconhecido pelos EUA. Apesar das críticas, Moscou foi rápida em reconhecer o resultado divulgado pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com o ditador Vladimir Putin parabenizando Maduro pela “reeleição”.
O regime chavista e o Kremlin mantêm uma aliança estratégica consolidada em diversas áreas, como energia, petróleo, turismo, educação e, notadamente, cooperação militar. Além disso, Maduro sonha em participar dos BRICS, bloco que conta com Brasil e China, onde Moscou também desempenha papel de destaque.
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