O Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), vinculado ao Ministério do Capital Humano da Argentina, projetou que a pobreza sofreu uma queda no terceiro trimestre do ano, chegando a 38,9%.
Por meio de um comunicado, a pasta afirmou que os números mais positivos são fruto das políticas do presidente Javier Milei, que implementou uma série de medidas no último ano para impulsionar a economia e erradicar a grave crise experimentada pelos argentinos nos anos anteriores.
“Graças à implementação de políticas econômicas que contribuíram para reduzir a inflação e estabilizar a economia, a pobreza continua a diminuir durante o ano”, diz um trecho do informe divulgado pelo governo argentino nesta quinta-feira (19).
Da mesma forma, o CNCPS indicou que a incidência de extrema pobreza também caiu neste período, situado em 8,6% no terceiro trimestre do ano, depois de ter registado 20,2% no primeiro trimestre e 16% no segundo.
De acordo com os dados acumulados, a pobreza chegou a 52,9% no primeiro semestre deste ano, atingindo cerca de 25 milhões de cidadãos. Os dados mais recentes mostram houve uma queda de quase sete milhões de pessoas nessa situação neste novo trimestre e quase cinco milhões a menos de indigentes.
Pessoas abaixo da linha da pobreza são as que possuem rendimento domiciliar individual menor que 665 reais por mês.
O coordenador do Observatório da UCA, Agustín Salvia, afirmou ao jornal argentino Clarín que os resultados superiores estão ligados ao equilíbrio fiscal e inflação baixa conquistados pelo governo Milei.
“Os níveis de pobreza do 3º trimestre foram alcançados mas sob um regime de equilíbrio fiscal e inflação baixa, com expectativas de recuperação em 2025, algo que não estava disponível em 2023. Em qualquer caso, a situação das classes médias populares ainda é muito frágil, melhoraram em relação ao primeiro semestre, mas ano após ano ainda estão abaixo da linha da pobreza”, afirmou Salvia.
O coordenador do observatório apontou que outro fator que contribuiu com a queda da pobreza foi a movimentação positiva da taxa de emprego.
“Algumas taxas de atividade na Argentina, como a taxa de emprego, se mantiveram acima da média histórica, embora tenha aumentado o índice de subemprego e do trabalho por conta própria ou assalariado precário”, disse Salvia ao Clarín.
Apesar da queda da pobreza, grande parte da população argentina ainda enfrenta uma dura realidade, que está mudando como efeito das política da nova gestão da Casa Rosada.
O mais recente relatório divulgado pelo Indec, na última segunda-feira, mostrou que a Argentina finalmente saiu da recessão, com um crescimento de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de julho a setembro, em comparação ao três meses anteriores.
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