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Israel destrói fábrica de mísseis financiada pelo Irã na Síria



As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram nesta quinta-feira (2) que suas tropas desmantelaram uma instalação subterrânea na Síria que, segundo o órgão, era financiada pelo Irã para a produção de foguetes de longo alcance e mísseis guiados com precisão, em uma operação realizada em 8 de setembro.

A missão, preparada meses antes, foi realizada por mais de 100 soldados da Unidade Shaldag das FDI na região de Masjaf, no oeste da Síria, à qual chegaram usando helicópteros, e nenhum deles ficou ferido.

“Os soldados destruíram o complexo e retornaram em segurança ao território israelense”, disse o porta-voz internacional das FDI, Nadav Shoshani.

A operação, segundo o porta-voz, foi o resultado de uma campanha de vários anos em que a inteligência israelense vinha rastreando e coletando informações sobre essa infraestrutura militar perto da fronteira com o Líbano.

“O complexo incluía linhas de montagem avançadas projetadas para fabricar mísseis guiados com precisão e foguetes de longo alcance, aumentando significativamente o fornecimento de mísseis para o Hezbollah e outros agentes terroristas iranianos na região”, acrescentou Shoshani.

Além disso, Israel alega que suas forças obtiveram acesso a maquinário essencial para a fabricação de mísseis guiados com precisão, bem como a documentos de inteligência que já estão sendo investigados.

“Precisávamos agir porque isso claramente representava uma ameaça para os israelenses. É preciso lembrar que o Hezbollah, em mais de um ano de guerra, lançou 7.000 projéteis contra nosso território e alguns deles eram de longo alcance”, argumentou.

Shoshani reiterou que, com essas operações, as FDI buscam evitar que o Hezbollah se rearme, embora tenham reconhecido que o Irã, “apesar dos golpes que recebeu”, continua a ter muitas capacidades para criar armas.

Sobre em que ponto está o cessar-fogo com o Hezbollah, em vigor desde 26 de novembro de 2024, o porta-voz israelense afirmou que as tropas se retirarão “gradualmente” do sul do país vizinho e espera que as forças do Exército libanês ocupem esse território, conforme estabelecido no acordo.

Israel e o grupo terrorista Hezbollah concordaram com uma trégua de 90 dias, que terminará no final de janeiro, durante a qual os membros do grupo libanês terão de se retirar para o norte do rio Litani e as forças israelenses terão de deixar o sul do Líbano, que ocupam desde o início do último mês de outubro, quando iniciaram a incursão terrestre.



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