Lar Últimas Gastos do governo ficam engessados sem votação final do Orçamento
Últimas

Gastos do governo ficam engessados sem votação final do Orçamento



O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou o ano de 2025 com os gastos engessados sem a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que ocorrerá apenas após a volta do recesso parlamentar em 3 de fevereiro. Até lá, apenas despesas consideradas essenciais ou obrigatórias podem ser pagas com base no que já foi definido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), fase anterior à LOA que foi aprovada nos últimos dias de trabalho do Congresso.

O atraso na votação da LOA não é inédito e, desde a Constituição de 1988, já ocorreu em pelo menos 11 ocasiões. Em anos como 1994, o maior atraso registrado, a aprovação ocorreu apenas em outubro, a menos de três meses do fim do exercício – isso limita a capacidade do governo de implementar novos projetos e programas.

O relator da LOA, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que o atraso se deu para poder fazer uma melhor análise do projeto após a votação do ajuste fiscal, que previa uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos, mas que foi reduzida para algo em torno de R$ 55 bilhões a R$ 60 bilhões.

“O objetivo não é retardar o processo, mas assegurar um documento que de fato retrate as prioridades nacionais, o equilíbrio das contas públicas e o compromisso com as metas de médio e longo prazos. Apreciar a peça mais importante do parlamento merece cuidado e tempo e, por isso, o nosso relatório ficará para apreciação após o recesso parlamentar”, disse.

“Não podemos desprezar estas medidas adicionais que foram feitas, que elas certamente terão algum impacto na trajetória da dívida pública. O que precisamos é avançar, chegar ao destino e inverter a trajetória de alta. Estamos confiantes que o governo está determinado”, disse o dirigente.

O valor final da meta de economia ainda não é uníssono dentro do governo, com Haddad dizendo que ficou em R$ 70 bilhões enquanto que o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) estimou em R$ 60 bilhões. Os bancos trabalham com uma diferença de R$ 15 bilhões, segundo disse Sidney.

Enquanto o texto da LOA não é aprovado, diz o Senado, o governo pode executar apenas despesas obrigatórias e essenciais, como alimentação escolar, atenção primária à saúde, medicamentos para alguns tipos de doenças, Previdência Social, fundos como Fundeb e Fies, e repasses à Justiça Eleitoral e ao Fundo Partidário.

Também estão autorizados gastos com programas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pagamento de juros da dívida pública e repasses aos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Despesas emergenciais como ações de Defesa Civil, operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), acolhimento de migrantes vulneráveis e recuperação de estradas, também podem ser realizadas.

No caso de projetos de capital, como obras e compras de equipamentos, apenas aqueles em andamento podem ser financiados, desde que a paralisação implique prejuízos ou aumento de custos. Para essas despesas, os desembolsos mensais são limitados a um doze avos do valor previsto no orçamento.



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Últimas

guias e calendário estão disponíveis no Rio de Janeiro

Vencimentos do IPVA no estado do Rio de Janeiro começam dia 21....

Últimas

Sindicato diz que crise no IBGE ocorre por “decisões arbitrárias da presidência”

Na segunda (6), os diretores João Hallak Neto e Elizabeth Hypolito, da...

Últimas

Caixa aumenta juros do financiamento imobiliário

A Caixa Econômica Federal elevou os juros do financiamento imobiliário em meio...

Últimas

Arrecadação federal em alta, mas contas do governo no vermelho

A máquina de arrecadação do governo federal continua a registrar recordes mensais,...