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Funeral de Jimmy Carter em Washington reúne Trump, Biden, Obama e outros líderes políticos dos EUA




Cerimônia com a presença de autoridades é realizada na Catedral Nacional de Washington. Depois, corpo do ex-presidente será sepultado na Geórgia. O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama conversa com o presidente eleito, Donald Trump, durante o funeral do ex-presidente Jimmy Carter, no dia 9 de janeiro de 2024
Mandel Ngan/AFP
A cerimônia fúnebre de Jimmy Carter em Washington reuniu aliados e adversários políticos nesta quinta (9), entre os quais o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, o presidente, Joe Biden , e os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, entre outros.
O premiê canadense, Justin Trudeau, também esteve presente para prestar as últimas homenagens.
Antes do início do serviço religioso, foi possível ver Obama e Trump conversando informalmente, entre sorrisos.
O corpo de Carter foi levado a Washington, onde um funeral de estado ocorre com a presença de autoridades na Catedral Nacional de Washington.
Em seguida o caixão será levado à cidade de Plains, Geórgia, onde Carter nasceu e onde viveu durante a maior parte de sua vida, para ser sepultado aina nesta quinta-feira.
Trump também trocou cumprimentos com seu ex-vice-presidente Mike Pence. Ambos romperam em 6 de janeiro de 2001, quando Pence presidiu a sessão do Congresso que validou a vitória de Jo Biden nas eleições do ano anterior, quando miliantes pró-Trump invadiram o Capitólio.
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Barack Obama e Donald Trump conversam antes do início do funeral do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, em Washington
Ricky Carioti/Pool via Reuters
Carter morreu no dia 29 de dezembro, aos 100 anos. Ele atuou como presidente dos Estados Unidos entre 1977 e 1981. Relembre a trajetória dele mais abaixo.
O funeral de Carter começou no dia 4 de janeiro, na Geórgia. O corpo do ex-presidente passou por sua cidade natal, além do Capitólio Estadual da Geórgia e do Centro Presidencial Carter.
Na terça-feira (7), a urna com o corpo de Carter foi levada até Washington D.C. para um funeral de Estado. O ex-presidente recebeu homenagens militares e foi transferido até o Capitólio dos Estados Unidos.
Nesta quinta-feira, o cortejo seguirá até a Catedral Nacional de Washington para uma breve cerimônia. Todos os ex-presidentes vivos foram convidados para o funeral. São esperadas as presenças de George W. Bush e Barack Obama, além de Donald Trump, presidente eleito.
Caixão do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter chega a Washington
Joe Biden, atual presidente, será responsável pela elegia fúnebre — um discurso em homenagem à memória de Carter. Depois disso, o corpo do ex-presidente retornará à Geórgia, onde acontecerão cerimônias privadas.
Carter será sepultado no Parque Histórico Nacional Jimmy Carter, em Plains. Ele será enterrado ao lado da esposa, a ex-primeira-dama Rosalynn Carter. A cerimônia privada começará às 17h20, pelo horário local (19h20, em Brasília).
Trajetória
Jimmy Carter no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, em fevereiro de 1977
Biblioteca do Congresso/Marion S. Trikosko via Reuters
James Earl “Jimmy” Carter Junior nasceu em 1º de outubro de 1924 na pequena cidade rural de Plains, no estado da Geórgia. Seu pai era um fazendeiro e homem de negócios. Já a mãe dele trabalhava como enfermeira.
Ele fez o ensino básico em uma escola pública local. Depois, passou pela Faculdade do Sudoeste da Geórgia e pelo Instituto de Tecnologia do estado. Posteriormente, formou-se em Ciência em 1946, pela Academia Naval dos Estados Unidos.
Na Marinha, Carter serviu em submarinos pelos oceanos Atlântico e Pacífico e chegou ao cargo de tenente. Foi escolhido por um superior para entrar no programa de submarinos nucleares e foi enviado para Schenectady, Nova York, onde se formou em tecnologia de reatores e física nuclear.
Após a morte do pai, em 1953, ele saiu da Marinha e voltou para Plains, onde assumiu os negócios da família — que incluíam fazendas e uma empresa de suprimentos rurais.
Jimmy começou a vida política na cidade, servindo como administrador da educação, do hospital e da biblioteca. Como um dos líderes da comunidade, se filiou ao Partido Democrata.
Em 1962, ele ganhou a eleição para o cargo de senador pelo estado da Geórgia, com mandato de dois anos. Carter adquiriu notoriedade por atacar gastos governamentais e por ser contrário a leis que tiravam o direito de votar dos negros. Foi reeleito em 1964.
O político se candidatou para o governo do estado em 1966, mas perdeu ainda nas primárias do Partido Democrata. Em 1970, conseguiu novos apoios e foi eleito. Durante o mandato, promoveu uma reforma administrativa que reduziu os gastos das agências públicas.
Jimmy concorreu à Presidência dos Estados Unidos em 1976, vencendo o republicano Gerald Ford, que tentava a reeleição.
A gestão do então presidente foi marcada por uma forte crise econômica e energética no país, um esforço diplomático de paz no resto do mundo e o sequestro de 52 americanos em Teerã por iranianos.
Carter tentou ser reeleito presidente em 1980, mas perdeu para o republicano Ronald Reagan. À época, a imagem de Carter estava muito fragilizada.
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Relembre a trajetória de Jimmy Carter em FOTOS
Pós-presidência
Jimmy Carter recebendo o Prêmio Nobel da Paz em 2002.
The Carter Center
Em 1982, o ex-presidente fundou o Centro Carter, um instituto sem fins lucrativos que “aborda questões nacionais e internacionais de políticas públicas”, nas palavras da entidade.
Carter continuou ativo politicamente por meio da organização e promoveu ações humanitárias em uma série de países como Haiti, Coreia do Sul e nações africanas.
Em 2002, recebeu o Prêmio Nobel da Paz pela promoção de soluções pacíficas em conflitos internacionais.
Profundamente religioso, Carter participou ativamente da escola dominical da Igreja Batista Maranatha e ajudou a construir casas para pessoas necessitadas, antes de desenvolver problemas de saúde e mobilidade devido à idade avançada.
“Minha fé exige — isso não é opcional — minha fé exige que eu faça tudo o que puder, onde quer que eu esteja, sempre que puder, pelo maior tempo possível, com o que quer que eu tenha para tentar fazer a diferença”, disse.
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