O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, congressistas americanos e líderes mundiais exigiram nesta quinta-feira (9) a libertação da líder opositora María Corina Machado, que foi capturada por forças chavistas após liderar um protesto contra o regime do ditador Nicolás Maduro.
“Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Aos corpos de segurança que a sequestraram, digo: não brinquem com fogo”, declarou González em uma publicação no X.
Na Argentina, o governo do presidente Javier Milei também pediu a libertação da líder opositora.
“O Gabinete do Presidente expressa sua extrema preocupação com o ataque criminoso do regime chavista contra a líder democrática María Corina Machado, na Venezuela, enquanto ela participava de um protesto legítimo em Chacao. Em uma operação digna das piores ditaduras da história, agentes do regime de Maduro dispararam contra sua escolta e teriam sequestrado violentamente a líder em frente a milhares de manifestantes”, cita uma nota do governo, acrescentando que “o presidente Javier Milei convoca os demais governos da região a repudiar o ataque contra Corina Machado e a exigir o fim do regime socialista que deixou milhões de venezuelanos na pobreza, exilados ou dependentes das dádivas da ditadura, criando um verdadeiro inferno na terra”.
Na Europa, o chanceler italiano Antonio Tajani também condenou a prisão da líder opositora.
“Exigimos a libertação imediata de María Corina Machado. Não podemos continuar tolerando as ações repressivas e ilegítimas do regime de Maduro, que perdeu as eleições. Estamos ao lado de todos os cidadãos que lutam por liberdade e democracia na Venezuela”, publicou Tajani em suas redes sociais.
Nos Estados Unidos, congressistas republicanos também se manifestaram de forma contundente. O senador Rick Scott, da Flórida, classificou a prisão de Machado como “um ataque indignante contra sua luta valente e pacífica pela liberdade da Venezuela” e exigiu “ações rápidas e contundentes” por parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos. A deputada republicana María Elvira Salazar foi ainda mais direta: “O aviso é claro ao regime de Maduro: se vocês atacarem María Corina, nós, os Estados Unidos, vamos atacar vocês”.
Na Espanha, o Ministério de Assuntos Exteriores expressou “total condenação e preocupação” pela detenção de Machado e de outros opositores venezuelanos, enfatizando que a integridade física e os direitos fundamentais dos líderes opositores devem ser garantidos. Em comunicado oficial, o governo espanhol afirmou: “A integridade física e a liberdade de expressão e manifestação de todos, especialmente a de líderes políticos opositores, devem ser protegidas e salvaguardadas”.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, também se pronunciou e exigiu a libertação imediata de María Corina.
“Panamá reclama e exige a plena liberdade de María Corina, assim como o respeito à sua integridade pessoal. O regime ditatorial é responsável por sua vida!”, declarou Mulino, prestando solidariedade à líder opositora e ressaltando sua admiração por sua coragem. “Meu respeito, María Corina. Valente e digna lutadora por uma Venezuela livre e democrática. Força!”, completou.
Segundo o comando da oposição venezuelana “Con Venezuela”, a comitiva de Machado foi alvo de tiros e interceptada por forças chavistas no momento em que deixava o protesto em Chacao. “Agentes do regime atiraram contra as motos que a transportavam”, informou a organização, que aguarda novas informações sobre a situação de María Corina. Opositores venezuelanos reunidos em Madri e a Human Right Watch confirmaram a prisão da líder venezuelana.
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