Lar Internacional Israel aceita negocia cessar-fogo com Hamas no Catar
Internacional

Israel aceita negocia cessar-fogo com Hamas no Catar



O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu permissão ao diretor da agência de inteligência e operações especiais Mossad, David Barnea, para viajar ao Catar com o objetivo de negociar com o grupo terrorista Hamas um acordo de cessar-fogo, representando o mais recente sinal de progresso nas conversas sobre a guerra em Gaza.

O governo israelense divulgou a decisão neste sábado (11), mas não informou a data em que Barnea partirá rumo a Doha, onde será realizada a próxima rodada de negociações entre Israel e o Hamas. O envolvimento do diretor da Mossad mostra que autoridades de alto escalão de Israel, que precisam aprovar qualquer entendimento, agora estão diretamente engajadas.

Apenas um breve cessar-fogo foi estabelecido em 15 meses de conflito, ainda nas primeiras semanas de combate. Desde então, as conversas mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar enfrentaram vários impasses.

Netanyahu mantém sua posição de destruir a capacidade militar do Hamas em Gaza, enquanto o grupo terrorista exige a retirada total das tropas israelenses do território. Na quinta-feira (9), o Ministério da Saúde de Gaza anunciou que mais de 46 mil palestinos foram mortos durante o conflito.

Segundo o gabinete de Netanyahu, a decisão ocorreu após uma reunião com o ministro da Defesa, chefes de segurança e negociadores “em nome das administrações dos EUA, tanto a atual quanto a futura”. O governo israelense ainda divulgou uma foto de Netanyahu ao lado de Steve Witkoff, enviado do presidente eleito Donald Trump para o Oriente Médio, que esteve no Catar nesta semana.

Analistas avaliam que o retorno de Trump à Casa Branca pode estar contribuindo para um desfecho rápido do conflito na região.

Irã amplia exercícios militares aguardando retorno de Trump.

Também neste sábado (11), a mídia estatal do Irã comunicou que o país está realizando exercícios de defesa aérea, como forma de se preparar para eventuais confrontos com seu principal rival, Israel, e com os EUA, sob a expectativa do começo do governo Trump.

Esses treinamentos militares ocorrem enquanto os líderes iranianos temem que Trump possa conferir ainda mais respaldo ao primeiro-ministro Netanyahu para atacar instalações nucleares do Irã, ao mesmo tempo em que reforça as sanções americanas contra a indústria petrolífera iraniana sob a política de “pressão máxima”.

“Nesses exercícios, os sistemas de defesa praticarão a luta contra ameaças aéreas, de mísseis e de guerra eletrônica em condições reais de campo de batalha para proteger os céus do país e áreas sensíveis e vitais”, informou a televisão estatal iraniana.

Os exercícios deste sábado integram um programa de manobras que dura dois meses, iniciado em 4 de janeiro. Já houve simulações de guerra em que a Guarda Revolucionária de elite defendeu instalações nucleares importantes em Natanz de ataques simulados com mísseis e drones, segundo a mídia estatal.

O Irã também sofreu contratempos recentes no Líbano após ofensivas israelenses contra o Hezbollah apoiado por Teerã e, no mês passado, com a queda do presidente Bashar Al-Assad, aliado iraniano, na Síria.



FONTE

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Internacional

Promotor de casos federais contra Trump renuncia

O promotor especial Jack Smith, responsável pelos processos federais contra o presidente...

Internacional

Kennesaw: a cidade americana onde ter arma em casa é lei

Em Kennesaw, na Geórgia, uma lei de 1982 exige que cada chefe...

Internacional

Líder da extrema direita alemã defende campanha de expulsão de estrangeiros residentes na Alemanha

Alice Weidel, do partido AfD, disse que em eventual governo fecharia as...

Internacional

Exército de Israel aprova plano para retirada da Faixa de Gaza, diz jornal | Mundo

O enviado especial de Trump para negociar a trégua, Steve Witkoff, reuniu-se...