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Autoridade Palestina deve supervisionar o pós-guerra em Gaza com ONU e aliados estrangeiros, diz secretário dos EUA




Trégua no conflito entre Israel e grupo terrorista Hamas está ‘mais próxima do que nunca’, segundo governo do Catar, que comanda negociações junto com EUA e Egito. Antony Blinken em imagem de 4 de abril de 2023
Johanna Geron/Reuters
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse, nesta terça-feira (14), que no pós-guerra a Faixa de Gaza deve estar sob controle da Autoridade Palestina, que deve atuar junto a aliados estrangeiros e a ONU.
“Acreditamos que a Autoridade Palestina deve convidar aliados internacionais a ajudar a estabelecer e dirigir uma administração provisória com responsabilidade sobre setores civis cruciais em Gaza”, afirmou Blinken, secretário de Estado dos EUA.
Uma nova trégua, que pode ser duradoura, no conflito entre Israel e grupo terrorista Hamas está “mais próxima do que nunca”, segundo governo do Catar, que comanda negociações junto com EUA e Egito. Em coletiva nesta terça-feira, Blinken também afirmou que as negociações “estão à beira” do sucesso.
Segundo a agência de notícias Associated Press, o Hamas já aceitou os termos de uma proposta final de cessar-fogo que envolve troca de reféns e retirada das tropas israelenses de Gaza, mas Israel afirmou que, apesar dos avanços, “ainda não chegamos lá”.
Blinken cobrou ambos os lados pelo aceite dos termos da trégua. Afirmou que está nas mãos do Hamas fechar o acordo e que Israel precisa “abandonar o mito de que poderiam de fato anexar” Gaza a seu território.
O secretário norte-americano afirmou ter um plano para Gaza no pós-guerra, e o apresentou em mais uma rodada de negociações na manhã desta manhã. Com o governo Biden chegando ao fim na segunda-feira (20), esse plano ficará nas mãos do governo Trump, segundo Blinken.
“Israel terá que aceitar Gaza e Cisjordânia unidos sob a liderança de uma Autoridade Palestina reformada”, afirmou Blinken.
A guerra em Gaza começou após os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram cerca de 1.200 pessoas e levaram cerca de 250 reféns israelenses para o território palestino. Cerca de 100 reféns ainda estão em cativeiro.
O conflito deixou pelo menos 46.645 palestinos mortos e mais de 110 mil feridos —a maioria deles civis, mulheres e crianças—, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.



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