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Confira o valor médio do aluguel em diversas cidades brasileiras



O valor médio do aluguel residencial no Brasil teve um aumento de 13,5% em 2024, conforme dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo índice FipeZap. Embora significativo, o avanço no preço do aluguel ficou abaixo das altas registradas em 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%). Nos últimos três anos, o setor acumulou uma valorização de 53,66%, superando a inflação do período em 32,44%.

O mercado de locação residencial segue em ascensão pelo sétimo ano consecutivo. Em 2024, os dados refletem a manutenção dessa tendência em 36 cidades monitoradas pelo FipeZap. A última vez em que o índice apresentou variação negativa foi em 2017, com uma queda de 0,69%.

De acordo com Alison Oliveira, coordenador do Índice Fipe, o principal fator atribuído ao aquecimento do mercado de habitação é o desemprego baixo. “A taxa de juros mais elevada para compra de imóveis faz as famílias terem de recorrer à locação”, diz.

O preço médio do aluguel residencial no Brasil alcançou R$ 48,12 por metro quadrado. Os valores variam de acordo com o tipo de imóvel, com as locações de unidades de um dormitório registrando os preços mais altos (R$ 62,69/m²), enquanto os menores valores médios foram observados em imóveis com três dormitórios (R$ 41,20/m²).

De acordo com Paula Reis, economista do DataZAP, a alta acumulada de 53,66% nos preços de aluguel nos últimos três anos, equivalente a um aumento real de 32,44%, pode ser explicada principalmente pela recomposição de preços no pós-pandemia e pelo cenário macroeconômico do país.

Durante a pandemia de Covid-19, muitos proprietários suspenderam os reajustes, resultando em um represamento nos valores de locação. “Em 2022, o mercado foi impactado pela recuperação desses preços, o que gerou uma alta significativa”, destacou Paula.

Nos anos seguintes, 2023 e especialmente 2024, o setor foi beneficiado por um contexto econômico mais favorável. Paula ressalta que o crescimento do emprego, que alcançou um recorde em 2024, foi um dos fatores mais relevantes para o aumento da demanda por imóveis, impulsionando os preços de locação.

Sobre as perspectivas para 2025, a economista acredita que os aluguéis devem continuar valorizando acima da inflação. “Embora tenha ocorrido uma desaceleração no ritmo de alta ao longo de 2024, esse movimento pode ser revertido. O mercado de vendas está mais restrito devido à alta da Selic e à diminuição dos recursos na poupança. Além disso, as projeções otimistas para o mercado de trabalho devem manter a demanda aquecida”, analisou.

Salvador puxa a alta no preço do aluguel

Todas as 36 localidades monitoradas pelo índice apresentaram alta no preço dos aluguéis no período analisado. Entre as capitais, destacaram-se Salvador (BA), Campo Grande (MS) e Porto Alegre(RS). Maceió (AL) foi a capital que teve a menor variação entre todas as cidades analisadas.

  • Salvador (BA): 33.07%
  • Campo Grande (MS): 26,55%
  • Porto Alegre(RS): 26,33%
  • Campinas (SP): 19,32%
  • Joinville (SC): 17,94%
  • Ribeirão Preto (SP): 16,71%
  • Recife (PE): 16,17%
  • São Bernardo do Campo (SP): 15,03%
  • Fortaleza (CE): 14,68%
  • São José do Rio Preto (SP): 14,66%
  • Curitiba (PR): 14,58%
  • Brasília (DF): 14,56%
  • Belo Horizonte (MG): 14,2%
  • Praia Grande (SP): 14,2%
  • São José (SC): 13,9%
  • Belém (PA): 13,5%
  • Cuiabá (MT): 13,31%
  • Niterói (RJ): 12,68%
  • Santos (SP): 12,51%
  • São Paulo (SP): 11,51%
  • Natal (RN): 11,04%
  • São José dos Campos (SP): 10,93%
  • Manaus (AM): 10,85%
  • Aracaju (SE): 10,75%
  • Barueri (SP): 10,75%
  • Florianópolis (SC): 10,39%
  • João Pessoa (PB): 10,15%
  • Guarulhos (SP): 9,75%
  • Vitória (ES): 9,48%
  • São Luís (MA): 9,3%
  • Goiânia (GO): 9,12%
  • Santo André (SP): 8,74%
  • Teresina (PI): 8,47%
  • Rio de Janeiro (RJ): 8%
  • Pelotas (RS): 6,72%
  • Maceió (AL): 3,35%

São Paulo tem o aluguel mais caro entre as capitais

Em novembro de 2024, o preço médio do aluguel nas 36 cidades acompanhadas foi de R$ 47,67 por metro quadrado. Entre as capitais, São Paulo liderou com o aluguel mais caro (R$ 56,99/m²), seguida por:

  • Florianópolis (R$ 54,32/m²)
  • Recife (R$ 54,05/m²)
  • Maceió (R$ 50,64/m²)
  • São Luís (R$ 50,61/m²)
  • Rio de Janeiro (R$ 48,31/m²).

Na outra ponta, Teresina teve o menor preço médio, com R$ 22,48/m², seguida por Aracaju (R$ 24,67/m²).

Rentabilidade do aluguel

Para investidores que adquiriram imóveis com o objetivo de obter renda com locação, a rentabilidade média do aluguel residencial em novembro de 2024 foi de 5,99% ao ano, inferior às projeções para aplicações financeiras de referência no mesmo período. Os imóveis de um dormitório ofereceram maior retorno, com uma rentabilidade média de 6,72% de taxa a.a., enquanto as unidades com quatro ou mais dormitórios tiveram o menor desempenho (4,75% a.a.).

Entre as capitais, Manaus apresentou o melhor rendimento (8,09% a.a.), seguida por:

  • Belém (7,96% a.a.)
  • São Luís (7,82% a.a.)
  • Recife (7,82% a.a.)
  • Cuiabá (7,55% a.a.)
  • Natal (7,43% a.a.).



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