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Machado diz que chavismo está com “dias contados” no poder



A líder opositora venezuelana María Corina Machado afirmou que o chavismo “está com os dias contados e não são muitos” no poder, apesar de Nicolás Maduro ter tomado posse para um novo mandato fraudulento na última sexta-feira, algo que a maior coalizão de oposição denuncia como a consumação de um “golpe de Estado”.

“Eles no regime sabem que são poucos e que estão isolados, sabem que seus dias no poder estão contados e que não são muitos, por isso são paranoicos e não dormem (…) sabendo que seu fim está próximo e temendo ser vendidos por qualquer uma das pessoas que têm ao seu redor”, disse Machado em uma mensagem de áudio publicana nas redes sociais.

A ex-deputada reivindica a vitória de seu correligionário Edmundo González Urrutia sobre Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho. Segundo ela, a esquerda democrática mundial “abandonou” o chavismo, que já demonstrou que “nunca mostrará as atas (de votação) que comprovam sua esmagadora derrota” no pleito.

“Sabemos que este é o momento mais difícil, porque aqui ninguém está chupando o dedo, conhecemos os riscos e os assumimos, por isso estamos no ringue, lutando, batendo e recebendo golpes com a determinação de que, se não vencermos no primeiro ou no segundo turno, venceremos no terceiro ou no quarto, mas venceremos, porque já os temos nas cordas”, declarou a liderança de oposição à ditadura chavista.

Machado apelou aos venezuelanos para que se mantenham firmes e não percam o foco no que descreveu como um “momento crítico” para a Venezuela.

A liderança da oposição afirmou que o chavismo foi reduzido a “uma liderança criminosa” que, segundo ela, enfrenta um isolamento internacional sem precedentes. “Queriam fazer uma farsa eleitoral e saíram despojados. Agora, seus antigos aliados sequer querem aproximar-se deles”, disse, fazendo referência à tomada de posse de Maduro, que ocorreu num evento que contou apenas com representantes das ditaduras de Cuba e da Nicarágua.

Machado ainda destacou o crescente apoio da comunidade internacional do líder da oposição, Edmundo González. “Cada vez mais países reconhecem Edmundo González como o presidente eleito de todos os venezuelanos. Entre eles os Estados Unidos, Itália, Argentina, Panamá, Uruguai, Paraguai, Equador, Israel e Canadá, além do Parlamento Europeu e numerosos congressos ao redor do mundo”, observou.

Maduro foi proclamado vencedor das eleições presidenciais com base em resultados que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo movimento chavista que ele lidera, ainda não divulgou, contrariando o cronograma aprovado pela própria instituição para a realização dessas eleições.

Por sua vez, a maior coalizão de oposição – a Plataforma Democrática Unida (PUD) – afirma ter coletado 85,18% das atas de votação, que segundo seus integrantes, como Machado, provam que o vencedor legítimo foi seu candidato, González Urrutia. O regime de Maduro alega que esses documentos são “falsos”.



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