Depois de cinco anos de pista fechada, o Desmanche está de volta. Mas não é mais o mesmo. A balada que fez sucesso na rua Augusta é reaberta agora em Pinheiros, com bar e karaokê —além das festas, é claro.
A reabertura também ainda não está 100%, mas o espaço já recebe o público saudoso desde a semana passada. Nesta primeira etapa, foi inaugurada uma pista para 150 pessoas, bar e um palco aberto de karaokê. Para cantar, compra-se fichas. A entrada é gratuita.
Com previsão até o meio do ano, serão inauguradas uma pista aos fundos do imóvel, do tipo inferninho, e outra no segundo andar, além de uma área com sacada. A capacidade final será semelhante à original, de 600 pessoas.
O Desmanche foi fundado há dez anos, com programação que abarcava música brasileira, eletrônica, hip hop e outros estilos. Deu origem ainda a um bloco de Carnaval popular. Quem está por trás da marca é Ronaldo Rinaldi, conhecido como DJ Click, responsável por criar outras baladas e bares na cena noturna paulista.
A pandemia fez o espaço fechar as portas. Click tinha planos de reabri-lo em novo formato, em 2023. A ideia era ir para a Barra Funda, que virou point de bares descolados, mas o projeto com outros sócios não deu certo.
Nesse meio tempo, ele abriu o Curtiça, na Vila Madalena, e o Motelzinho, no Bexiga, que combinar bar, karaokê e festas.
De olho em onde estava o burburinho, escolheu como endereço a região próxima ao largo da Batata. “Além dos bares, começou uma fase notívaga, com muitos barzinhos e baladas ficando abertas até mais tarde”, diz Click. Por ora, a casa funciona até as 5h.
A decoração trouxe os elementos antigos, como pedaços de uma Kombi espalhados pelo ambiente, e luzes neon coloridas. A pegada musical segue a mesma. Click faz discotecagem por lá nesta sexta (17) e sábado (18).
O bar expede drinques clássicos e autorais, com preços de R$ 22 a R$ 38. O menu de comidas será lançado em breve com petiscos de boteco, servidos num espaço com mesas, cadeiras e sofás.
“A gente fez um Desmanche para os jovens, e o público envelheceu junto. O pessoal que antes tinha 20 anos, hoje tem 30, e quer lugar para sentar“, diz Click. “Também fui envelhecendo, não vou mais para lugar que não tem onde sentar, passei dessa fase.”
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