O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está fazendo uma oferta a mais de dois milhões de funcionários federais para deixarem o cargo até o dia 6 de fevereiro. Em troca, receberão indenizações de salários e benefícios pelos próximos oito meses e poderão
Um funcionário de alto escalão do governo americano disse à rede de televisão NBC News que a projeção é de que entre 5% e 10% da força de trabalho federal dos EUA se demita, o que poderia gerar cerca de US$ 100 bilhões em economia.
Contudo, segundo o jornal Wall Street Journal (WSJ), o governo Trump deixou claro em um e-mail direcionado aos servidores que, mesmo os eles escolham permanecer no cargo, poderão eventualmente perder seus empregos, já que sua administração trabalha para reduzir gastos públicos.
“Neste momento, não podemos lhe dar garantia total sobre a certeza de sua posição ou agência, mas se sua posição for eliminada, você será tratado com dignidade e receberá as proteções em vigor para tais posições”, diz o e-mail.
De acordo com o WSJ, a oferta se aplica a todos os funcionários federais em tempo integral, exceto militares, trabalhadores dos correios e aqueles que atuam na fiscalização da imigração ou na segurança interna.
“Se eles não quiserem trabalhar no escritório e contribuir para tornar a América grande novamente, então eles estão livres para escolher uma linha de trabalho diferente, e o governo Trump fornecerá um pagamento muito generoso de 8 meses”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Em seu primeiro dia no cargo, Trump assinou ordens executivas exigindo o retorno ao trabalho presencial em tempo integral – pelo menos quatro dias por semana – para funcionários do governo e congelando a contratação de funcionários federais.
O maior sindicato de funcionários federais, a Federação de Funcionários Governamentais dos EUA (AFGE, na sigla em inglês), disse em um comunicado que essas demissões terão consequências não intencionais que causarão um “caos” para os americanos.
“O número de funcionários públicos não mudou significativamente desde 1970, mas mais americanos agora dependem dos serviços do governo. Expurgar o governo federal de funcionários públicos de carreira dedicados terá consequências enormes e não intencionais que causarão o caos para os americanos que dependem de um governo federal que funcione”, disse o presidente nacional da AFGE, Everett Kelley.
O e-mail foi enviado aos funcionários federais um dia após ser divulgada nova ordem da Casa Branca para suspender bilhões de dólares em subsídios federais, empréstimos e outros programas de assistência financeira, iniciativa que foi bloqueada temporariamente por uma juíza federal nesta terça-feira.
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