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Líder da Síria pede à Rússia que entregue Assad e US$ 2 bilhões



O novo líder da Síria, Ahmed al Sharaa, pediu à delegação da Rússia que visita Damasco que entregue o ditador deposto Bashar al Assad – agora exilado em Moscou – e cerca de US$ 2 bilhões em ativos líquidos mantidos pela família Assad em bancos russos, segundo informou nesta quarta-feira (29) um jornal dos Emirados Árabes Unidos.

“Entregar Assad e todos os oficiais superiores que escaparam para a Rússia estava no topo da lista”, disse um membro da nova equipe política do governo de transição sírio ao jornal The National.

Al Sharaa também exigiu que cerca de US$ 2 bilhões em ativos líquidos pertencentes à família Assad em bancos russos fossem transferidos, de acordo com essa fonte não identificada.

Outra fonte síria informada sobre a reunião declarou ao The National que Al Sharaa deixou claro que a Rússia é “a principal responsável pelas tragédias que assolaram o povo sírio” desde as revoltas populares de 2011.

Além disso, comentou que o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, com quem Al Sharaa se encontrou, “não admitiu nenhum dos erros cometidos pela Rússia no passado”, mas, mesmo assim, o líder sírio deixou claro que “não haverá nenhum movimento imediato contra os interesses militares russos”.

A notícia é divulgada depois que o novo governo sírio publicou uma foto de Al Sharaa e Bogdanov apertando as mãos após o encontro desta terça-feira na capital síria.

De acordo com uma declaração da administração síria, Al Sharaa disse que para restaurar as relações com a Rússia – que era o principal aliado da Síria de Assad – é preciso “abordar os erros do passado”, bem como “respeitar a vontade do povo sírio e servir aos seus interesses”.

A Rússia, por sua vez, afirmou que quer manter um “diálogo permanente” com as novas autoridades sírias, segundo anunciou o Kremlin nesta quarta-feira após a primeira visita de uma delegação russa ao país árabe desde a fuga de Assad.

No final do ano passado, o ditador russo, Vladimir Putin, negou que a queda de Assad representasse uma derrota estratégica para a Rússia no país árabe.

Em dezembro, a Duma, a Câmara dos Deputados russa, aprovou uma lei permitindo a remoção da Organização para Libertação do Levante, cujo líder é Al Sharaa, da lista de organizações terroristas.



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