O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (16) que o plano para a Faixa de Gaza apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é a “única solução viável” para a região. Netanyahu fez a declaração durante a Conferência dos Presidentes das Principais Organizações Judaicas Americanas, realizada em Jerusalém.
“Trump apresentou uma nova visão ousada, o único plano que eu acho que pode funcionar”, disse o premiê israelense, classificando a proposta como “certeira”.
A proposta de Trump inclui a realocação voluntária dos habitantes de Gaza para outros países e a reconstrução da região como um polo turístico. Embora o plano tenha sido rejeitado por aliados árabes dos EUA, Netanyahu destacou que os palestinos de Gaza que desejam sair devem ter essa possibilidade.
Segundo o jornalTimes of Israel, um alto funcionário israelense revelou que Netanyahu teve uma conversa extensa neste domingo com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, sobre a iniciativa de Trump. O mesmo funcionário descreveu o plano como uma visão de “emigração voluntária e criação de uma Gaza diferente”.
Trump dá carta branca para Israel sobre reféns e cessar-fogo
Também neste domingo, Trump reafirmou seu apoio a Israel em relação ao acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns mantidos pelo Hamas.
Em declarações à imprensa, o presidente americano afirmou que deu “liberdade total” a Netanyahu para decidir sobre o rumo das negociações com o grupo terrorista. “Faça o que você quiser”, disse Trump, detalhando uma conversa que teria tido com o premiê israelense.
O ex-presidente também explicou pela primeira vez por que impôs um prazo para que o Hamas libertasse reféns no sábado (15). Segundo ele, a ameaça de uma retaliação foi motivada pela recusa inicial do grupo terrorista em entregar os três reféns previstos no acordo.
Trump também comparou o estado físico dos reféns liberados neste fim de semana com os anteriores, afirmando que desta vez estavam em “condições razoáveis”, enquanto os que saíram na semana passada pareciam “sobreviventes do Holocausto”.
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