Os funcionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) demitidos tiveram nesta quinta-feira (27) 15 minutos para recolher seus pertences, enquanto os cortes continuam sendo efetuados pelo governo do presidente americano, Donald Trump.
Uma fonte ligada à Usaid, acusada de financiar e promover diversas ações progressistas pelo mundo, disse à Agência EFE que os funcionários afetados pelas demissões foram notificados de que têm no máximo 15 minutos para recolher seus pertences pessoais nesta quinta e sexta-feira (28) na sede da instituição, em Washington.
A medida foi tomada poucas horas depois de a Suprema Corte conceder nova vitória momentânea aos planos de Trump de fechar a agência.
O fim da Usaid tem sido uma das prioridades nos cortes pretendidos tanto por Trump quanto pelo empresário Elon Musk, que comanda informalmente o chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Nesta quarta-feira (26), a Suprema Corte dos EUA suspendeu o prazo estabelecido por um tribunal que exigia que o governo Trump retomasse antes da meia-noite de hoje o pagamento de cerca de US$ 2 bilhões em ajuda externa congelada.
A ordem, anunciada pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts, é de natureza temporária, pois dá ao órgão tempo para resolver a questão e dá aos autores da ação até sexta-feira para argumentar se o tribunal que ordenou a retomada do financiamento tem de fato jurisdição sobre o governo federal nessa questão.
Apesar disso, os ex-funcionários consideram que a Usaid está encerrada. Em um clima de pessimismo, vários foram hoje à sede, localizada a apenas 600 metros da Casa Branca, e saíram com caixas carregadas de pertences, evitando falar diretamente com a imprensa.
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