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Trump descarta adesão da Ucrânia à Otan: “Não vai acontecer”



Ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta quinta-feira (27) a possibilidade de a Ucrânia se tornar membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Trump afirmou que essa questão foi um dos fatores que levaram à invasão russa em 2022.

“Isso não vai acontecer. Foi o que deu início a tudo isso. (O ex-presidente americano Joe) Biden se referiu a isso, e de repente os disparos começaram. Essa foi uma das principais razões pelas quais (a guerra na Ucrânia) começou”, declarou Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, durante o encontro com Starmer.

A declaração ocorre em um momento em que os EUA têm buscado estabelecer novos diálogos sobre a guerra no leste europeu, incluindo negociações diretas com a Rússia, sem a participação da União Europeia (UE) ou do governo ucraniano. O avanço das conversas sem Kiev tem levantado questionamentos sobre o futuro territorial da Ucrânia, incluindo a península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014.

Ao ser questionado sobre a porção de território que a Ucrânia poderá recuperar em um eventual acordo de paz com a Rússia, Trump afirmou que essa será uma pauta do encontro que terá nesta sexta-feira (28) com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O líder americano disse que buscará garantir que a Ucrânia possa “recuperar o máximo possível”.

Trump expressou confiança de que qualquer tratado firmado será respeitado por Moscou.

“Não acho que ele voltará atrás em sua palavra. Não acho que ele vá responder quando conseguirmos um acordo”, disse o presidente, referindo-se ao ditador russo, Vladimir Putin. “Acho que o acordo vai se manter. Eles terão segurança. Haverá segurança, haverá soldados. Sei que a França quer estar lá”, acrescentou, mencionando conversas recentes que teve com o presidente francês, Emmanuel Macron.

O governo dos Estados Unidos trabalha em um acordo com a Ucrânia para a criação de um fundo bilateral para a exploração de terras raras e outros minerais estratégicos do país. Trump disse que esse tratado seria “uma salvaguarda, por assim dizer”, reforçando a presença americana na economia ucraniana em meio às negociações de paz.

Além das discussões sobre a guerra na Ucrânia, Trump recebeu um convite formal do rei do Reino Unido, Charles III, para uma segunda visita de Estado. O convite, entregue por Starmer durante a coletiva na Casa Branca, faz de Trump o primeiro presidente americano a receber dois convites da monarquia britânica para esse tipo de visita.

“É um convite para uma segunda visita de Estado. Isso é muito especial. Nunca aconteceu antes. Não tem precedentes. E acho que simboliza a força de nosso relacionamento”, afirmou o premiê britânico ao entregar a carta do monarca.

Trump aceitou o convite em nome dele e da primeira-dama, Melania Trump, dizendo que seria “uma honra” retornar ao Reino Unido, país que definiu como “maravilhoso”. Durante seu primeiro mandato, o presidente já havia realizado uma visita de Estado ao Reino Unido em junho de 2019, a convite da rainha Elizabeth II, que incluiu um banquete oficial e reuniões com autoridades britânicas.

O convite reforça os laços históricos entre os dois países e ocorre em meio a um momento de redefinição da relação entre os EUA e a Europa.



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