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Manifestantes saem às ruas de Seul a favor e contra impeachment



Mais de 100 mil pessoas se reuniram em Seul neste sábado para se manifestar a favor e contra o impeachment do presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, cujo mandato está no limbo enquanto o Tribunal Constitucional delibera sobre a legalidade de sua destituição do cargo após sua repentina e breve declaração de lei marcial.

As manifestações, convocadas por partidários e opositores do líder, dias depois de o Tribunal Constitucional ter realizado a audiência final do julgamento em que decidirá se ele deve ou não voltar ao cargo, coincidiram com as celebrações do Dia do Movimento pela Independência, que homenageia a revolta do povo coreano contra o colonialismo japonês em 1º de março de 1919.

A polícia mobilizou 6.400 policiais e 230 ônibus para controlar as multidões esperadas e evitar confrontos, e o trânsito foi restringido em algumas áreas da rua Sejongno, no centro de Seul, e Yeoui, a área financeira no oeste da capital, de acordo com a agência de notícias local “Yonhap”.

Essas são as áreas onde se reuniram no início da tarde partidários do presidente, liderados pelo pastor e político conservador Jeon Kwang-hoon e pelo grupo cristão Save Korea, e os críticos do presidente, liderados pelo grupo cívico progressista Candlelight Action, entre outros grupos.

De acordo com as estimativas da polícia logo após o início das manifestações, cerca de 120 mil pessoas haviam se reunido nos vários locais de manifestação às 14h30 locais (2h30 em Brasília), e mais pessoas continuavam comparecendo.

Os partidários de Yoon carregavam bandeiras da Coreia do Sul e dos Estados Unidos e seguravam faixas com frases como “Oponha-se ao impeachment, apoie a lei marcial”.

O advogado Seok Dong-hyun, que faz parte da equipe jurídica do presidente Yoon, participou da manifestação liderada por Jeon e tomou a palavra para contar como conheceu o presidente no dia anterior e pediu que ele transmitisse seus cumprimentos à multidão e dissesse que ele está saudável e bem, informou a Yonhap.

O principal partido de oposição, o Partido Democrático, e quatro outros partidos oposicionistas convocaram outro comício, do qual participaram cerca de 130 legisladores e 18 mil pessoas, de acordo com estimativas da polícia.

A Coreia do Sul atravessa uma profunda crise política após a breve declaração de lei marcial de Yoon em 3 de dezembro, um ato pelo qual ele sofreu impeachment onze dias depois e, portanto, foi destituído de suas funções, embora permaneça no cargo enquanto o caso estiver pendente no Tribunal Constitucional em Seul.

A mais alta corte da Coreia do Sul tem até junho para determinar se confirma ou não o impeachment. Como o mandato de dois de seus oito juízes expira em 18 de abril, espera-se que a decisão seja conhecida antes, com a imprensa local apontando para meados de março como o prazo mais provável.

Caso o impeachment do presidente seja confirmado, eleições presidenciais antecipadas terão de ser convocadas em até 60 dias após a decisão do tribunal.

Yoon está detido desde 14 de janeiro em conexão com outro julgamento, desta vez criminal, que o acusa de insurreição por causa de eventos ocorridos no final do ano passado, a única acusação para a qual um presidente sul-coreano não tem imunidade.



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