A Comissão de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol (FPF) divulgou, na noite da última segunda-feira (17), o áudio da conversa entre o árbitro Luiz Alexandre Fernandes e a equipe do VAR da partida entre Maringá e Athletico, no último domingo (16).
O embate, válido pela partida de ida da semifinal do Campeonato Paranaense, terminou empatado em 1 a 1 no Willie Davids. A partida de volta será disputada nesta quarta-feira (19), às 20h, na Ligga Arena.
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O jogo em Maringá, no entanto, ficou marcado por duas reclamações contundentes do Furacão. A primeira delas, contra o péssimo estado do gramado da equipe do interior.
A segunda, por um lance em que a bola bate na mão do defensor do Maringá, dentro da área, aos 22 minutos do segundo tempo. Mesmo com possibilidade de recurso do VAR, a penalidade não foi marcada.
Maringá x Athletico: VAR vê “movimento natural” de defensor
O áudio divulgado pela Federação Paranaense de Futebol (FPP) expõe o diálogo entre o árbitro de campo, Luiz Alexandre Fernandes, e a equipe do VAR, comandada por Adriano Milczvski e composta por Sidimar dos Santos e Ronaldo Parpinelli.
É possível ouvir a equipe do VAR buscando diferentes ângulos do lance, antes de repassar a decisão final a Fernandes:
Decisão do VAR sobre possível pênalti para o Athletico
Lance checado. Pega no braço dele, mas movimento é natural, totalmente acidental. Pega no corpo e depois no braço dele, que está em movimento natural.
“Perfeito. O braço até está aberto, mas pega inesperado, está em movimento natural”, reforça um outro integrante da equipe de vídeo, antes do jogo prosseguir, sem penalidade.
O lance gerou revolta do Furacão. Após a partida, o técnico Maurício Barbieri declarou: “Tivemos um pênalti claríssimo, não tem como contestar”.
Por outro lado, o técnico do Maringá, Jorge Castilho, apoiou a decisão dos juízes. “Estava reclamando de bola na mão do Tito, mas foi involuntário, de baixo para cima”, analisou.
Athletico repudia decisão e revela bastidores de reunião com FPF
Em nota oficial, o Athletico relatou uma reunião entre Rodrigo Possebon, diretor de futebol do clube, com o presidente da FFP, Hélio Cury Filho, e com o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Anderson Carlos Gonçalves.
O Furacão primeiramente formalizou um protesto contra o estado do gramado do Willie Davids. De acordo com o Rubro-Negro, a Federação “reconheceu a necessidade de maior rigor nas fiscalizações”.
O segundo protesto formal do Athletico diz respeito justamente ao lance do pênalti não marcado.
O Furacão discorda da posição tomada pela arbitragem da partida de que o lance ocorreu em movimento natural do defensor do Dogão.
“Diante disso, o clube solicitou providências em relação à punição da equipe de arbitragem envolvida e reforçou o pedido para que, nos próximos jogos, sejam designados árbitros experientes e capacitados”, diz trecho da nota oficial rubro-negra.
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