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Athletico: O império de Petraglia desmorona


Das tragédias de Shakespeare que eu assisti em filme, “Júlio César” foi a mais grandiosa. Logo no início, um vidente de rua introduzido no roteiro aproxima-se de Júlio César e diz: “Cuidado com os Idos de Março”. O imperador não lhe dá atenção, depois vai ao Senado e cruzou o punhal de Brutus. O resto é história.

No rol dos presságios do Athletico, e os videntes não eram poucos, os “Idos de Março” chegariam com uma outra desgraça: a perda do tricampeonato estadual.

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Avisado de que Palácios, Léo, Fernando, Raul, Leozinho, Falcão, Dudu, Matheus Babi e Mastriani eram jogadorzinhos, e que Kardec, Giuliano e Patrick não suportariam uma temporada, em razão do desgaste físico, Petraglia não deu atenção.

O que aconteceu no Athletico 0 x 3 Maringá, na Baixada, não é só história. Ocorrendo imediatamente após o rebaixamento, com o tempo, irá se tornar um símbolo mais forte do que o 5 s 1 para o Coritiba, de 1995, quando Petraglia viu a oportunidade de se introduzir no Athletico e ali fazer os negócios da sua vida.

Petraglia traiu o Athletico, rebaixando-o para a Segundona nacional, traiu o Athletico, excluindo-o da Libertadores ou da Sul-Americana, traiu os atleticanos, desvalorizando publicamente os seus sentimentos, com a ofensa por gestos obscenos, e voltou a traí-los comandando o Furacão para uma das maiores humilhações da sua história, que foi a perda do tricampeonato estadual com a goleada sofrida para o Maringá. Petraglia só não traiu a sua ambição de ganhar dinheiro com o Athletico.

Nunca se deve menosprezar Petraglia. Se for preciso o Athletico perder títulos para manter essa ambição, o Athletico continuará perdendo.

E sobre o jogo entre Athletico e Maringá?

Athletico x Maringá. Foto: Reinaldo Reginato/IconSport.

Athletico x Maringá. Foto: Reinaldo Reginato/IconSport.

Não houve jogo. O que ocorreu foi um baile tático e técnico que o Maringá deu no Furacão. Talvez, ainda traumatizado com as figuras de Varini e Lucho González de treinadores, elogiei Barbieri. Afirmei que o Athletico tinha um técnico.

Pisei na bola e foi feio. É um inseguro que, não controlando as suas emoções, faz e desfaz, sem nenhum critério, durante os 90 minutos. A bagunça que fez no segundo tempo é própria de uma mente sem brilho.

Mas não menospreze Petraglia. Com Barbieri, Léo, Palácios, Leozinho, Raul e etc. arrisca ele estar confortável. E feliz. 

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