A agência americana Associated Press ingressou com uma ação nesta sexta-feira (21) num tribunal federal de Washington contra três altos funcionários do governo de Donald Trump para voltar a ter acesso a eventos da presidência.
Segundo comunicado da AP, foram citados no processo a chefe de gabinete da Casa Branca, Susan Wiles, o chefe de gabinete adjunto, Taylor Budowich, e a secretária de Imprensa, Karoline Leavitt.
Nas últimas semanas, Trump barrou a entrada de profissionais da AP na Casa Branca e no resort de Mar-a-Lago, na Flórida, onde o presidente tem residência, e de voar no Air Force One, o avião oficial da presidência americana, onde o mandatário costuma atender a imprensa.
O republicano tomou a medida porque a agência segue usando o nome Golfo do México ao invés de exclusivamente Golfo da América, novo nome definido por Trump, por meio de uma ordem executiva assinada em janeiro, para o golfo que banha o México e os Estados Unidos.
“Vamos mantê-los fora até que concordem que é o Golfo da América”, declarou Trump em Mar-a-Lago na terça-feira (18). “Temos muito orgulho deste país e queremos que seja Golfo da América.”
Em nota publicada em 23 de janeiro, a AP argumentou que o Golfo do México tem esse nome há mais de 400 anos e segue sendo assim chamado pelo resto do mundo.
“A Associated Press se referirá a ele pelo nome original, embora reconheça o novo nome escolhido por Trump. Como uma agência de notícias global que dissemina notícias ao redor do mundo, a AP deve garantir que os nomes dos lugares e a geografia sejam facilmente reconhecíveis para todos os públicos”, justificou a agência.
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