A rede de TV ABC também é alvo do processo aberto pelo presidente da agência indicado por Donald Trump. Presidente dos EUA também ordenou que empresas francesas nos EUA acabem com políticas de diversidade. Brendan Carr, presidente da agência reguladora de comunicações dos EUA (FCC).
Associated Press
A agência reguladora de comunicações dos EUA (FCC) disse que vai abrir uma investigação contra a Walt Disney e sua rede de televisão ABC por suas políticas de diversidade.
O anúncio foi feito presidente da agência, Brendan Carr, na sexta-feira (28), em uma carta direcionada ao diretor-executivo da Disney, Bob Iger.
Carr foi indicado para o cargo de presidência da agência reguladora pelo presidente americano Donald Trump.
O objetivo da investigação será verificar se as políticas de diversidade empresas estão promovendo “formas de discriminações insidiosas”.
“Nos últimos anos, a Disney fez da DEI [políticas de diversidade, equidade e inclusão] uma prioridade fundamental, incorporando critérios explícitos baseados em raça e gênero em todas as suas operações”, disse em sua conta no X.
“Na verdade, os relatórios públicos — incluindo os baseadas em documentos de denunciantes — pintam um quadro perturbador das práticas de DEI da Disney”, acrescentou.
Segundo a Associated Press, a Disney informou que estava analisando a carta e aguardava a oportunidade de responder às perguntas da agência.
A nova administração da agência tem adotado uma postura agressiva em relação à mídia em várias frentes. O órgão tem, atualmente, investigações abertas contra a ABC, , CBS e NBC News.
Só nesta semana, houve audiências judiciais sobre o fechamento da Voice of America e a disputa do presidente com a Associated Press sobre a forma como a agência de notícias se refere ao Golfo do México, que Trump ordenou que fosse renomeado como Golfo da América.
Carr tem impulsionado a Comissão Federal de Comunicações (FCC) para um papel mais ativista desde que Trump o nomeou como líder. Por exemplo, a FCC atualmente tem investigações abertas contra a ABC, CBS e NBC News.
O presidente da agência também disse que, embora tenha visto relatos de que a Disney reduziu algumas de suas práticas de diversidade, “preocupações significativas permanecem”.
“Quero garantir que a Disney encerre todas e quaisquer iniciativas discriminatórias de fato, e não apenas no nome.
Alguns exemplos citados por Car são uma política da ABC que exigia que pelo menos 50% dos personagens em pilotos de TV fossem de grupos sub-representados. A carta menciona ainda uma declaração de um executivo da Disney em 2021 afirmando que rejeitou alguns pilotos de TV porque não atendiam aos padrões de inclusão.
Trump e empresas francesas
Neste sábado (29), Trump tomou uma medida semelhante e ordenou que algumas empresas francesas com contratos com o governo dos EUA cumpram a sua ordem executiva de proibir programas de diversidade, equidade e inclusão.
A agência de notícias Reuters procurou um porta-voz da embaixada da França nos EUA, mas não houve retorno imediato.
“A interferência americana nas políticas de inclusão das empresas francesas, juntamente com ameaças de tarifas injustificadas, é inaceitável”, afirmou o Ministério do Comércio Externo francês num comunicado enviado à Reuters.
“A França e a Europa defenderão os seus negócios, os seus consumidores e também os seus valores”, acrescentou o ministério, que está sob a autoridade do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.
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