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AGU pede que Google evite “desordem informacional” sobre o dólar



Após a recomendação da AGU, o Google tirou do ar a ferramenta da cotação de dólar do buscador. Aos jornais, a assessoria de imprensa do Google no Brasil informou que o link foi retirado “por ora”.

Na quarta-feira (25), quando o dólar atingiu R$ 6,38, o Google informou à Gazeta do Povo que os dados em tempo real exibidos na busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros. “Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”, disse a big tech quando questionada sobre o problema. As taxas de câmbio e as cotações são fornecidas ao Google pela empresa Morningstar.

Situação semelhante com o serviço do Google já havia ocorrido antes. Em 6 de novembro, a plataforma chegou a divulgar um gráfico em que as cotações da moeda norte-americana se aproximavam de R$ 6,20, enquanto plataformas financeiras, como a TradingView e a Bloomberg, mostravam um valor máximo do dólar registrado de R$ 5,86 naquele dia. Posteriormente o valor foi corrigido pelo Google.

Ofício da AGU ao Google

No ofício, divulgado pelo Metrópoles, a AGU diz que o Google tem a necessidade de “observância de dever de cuidado na publicação de informações relacionadas a dados econômicos”. Também solicitou que a plataforma disponibilize “as informações com a indicação de forma explícita das fontes de dados financeiros”.

“Destaca-se que a desordem informacional pode ter potencial de interferir na percepção do mercado ou de pequenos investidores, e pode comprometer a eficácia de política pública federal de estabilização cambial”, diz a AGU.

O órgão ainda pede que o Google reforce “em suas políticas internas de relação com os usuários a importância da integridade da informação para proteger os investidores populares, que costumam acessar o buscador para tomar decisões de negócios”.

Entre as recomendações, a AGU também pede a “disponibilização da informação de que o Banco Central do Brasil é, no país, a fonte oficial para a PTAX, bem como a indicação clara e explícita das fontes ao disponibilizar dados financeiros, especialmente no que diz respeito às cotações de moedas”.



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