O governo de Javier Milei anunciou uma robusta reforma migratória na Argentina que pode afetar a vida dos estimados mais de 95 mil brasileiros que vivem no país.
O porta-voz Manuel Adorni confirmou nesta terça-feira (3) que as universidades nacionais públicas poderão cobrar mensalidades de estudantes estrangeiros que não sejam residentes —boa parte dos universitários brasileiros tem residência para poder viver no país, de modo que a consequência pode ser amenizada neste caso.
O governo diz que 1 a cada 3 estudantes do curso de medicina é de fora do país. A maioria é do Brasil —em 2022, últimos dados disponíveis, eram 20.255.
A reforma ainda prevê o fim da gratuidade da atenção médica para os estrangeiros. Os detalhes das cobranças seriam definidos em breve.
“Nos despedimos dos chamados ‘tours de saúde'”, ironizou o economista Adorni, referindo-se à prática de residentes de países vizinhos irem à Argentina em busca de tratamentos médicos de qualidade superior à ofertada em seus países. “Isso significa não apenas uma economia, mas também uma melhor atenção para os nossos cidadãos.”
O governo também ampliou a cartela de justificativas que podem impedir a entrada de um imigrantes ou, uma vez em solo nacional, sua expulsão. Incluem-se neste pacote o imigrante detido em flagrante e aquele que “violentou o sistema democrático”, como, nas palavras do porta-voz, “aquele que atacou as instituições democráticas”.
Este texto está em desenvolvimento.
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