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Argentina não será cúmplice dos abusos de Maduro



“A Argentina não será cúmplice do silêncio diante das injustiças e abusos do regime de [Nicolás] Maduro”, disse o presidente da Argentina, Javier Milei, em uma declaração oficial divulgada à imprensa neste sábado (4) após se reunir na Casa Rosada com o líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, vencedor de fato das eleições presidenciais realizadas na Venezuela em julho de 2024, que foram fraudadas pelo chavismo.

“Nossa posição é clara: liberdade, justiça e democracia para todos os venezuelanos”, lembrou Milei, enfatizando ainda a necessidade de construir o que ele considerou que deveria ser uma América Latina “próspera e livre do tratamento opressivo de qualquer tipo de governo de qualidade democrática duvidosa”.

González visitou a Argentina neste sábado, onde foi recebido com festa. O país foi a primeira parada de uma série de viagens que o opositor está fazendo em busca de apoio para sua posse como novo presidente venezuelano, que deve ocorrer no próximo dia 10, mesmo dia em que o ditador Nicolás Maduro afirma que irá assumir oficialmente o seu terceiro mandato à frente do país. Maduro e seu chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) fraudou as eleições de julho, que a oposição, representada por González, afirma, com provas, ter ganhado por ampla margem.

Além da argentina, González também deve visitar os Estados Unidos e o Uruguai ainda neste sábado. Em Montevidéu, sua próxima parada, González deve se encontrar com o presidente em fim de mandato, Luis Lacalle Pou. Nos EUA, ele deve se reunir com congressistas americanos e deseja conversar com Joe Biden, que está vivendo seus últimos momentos à frente da Casa Branca.

Além dos EUA e Uruguai, o opositor também deve viajar ao Panamá e à República Dominicana até o dia 10.

Embora González Urrutia tenha concedido uma entrevista coletiva na sede do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, juntamente com o chanceler da Argentina, Gerardo Werthein, e a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, o presidente Milei só publicou uma declaração depois de se reunir com ele e acompanhá-lo até a varanda da Casa Rosada para cumprimentar os milhares de cidadãos de seu país que o aguardavam.

De acordo com o comunicado oficial, a reunião entre Milei e González Urrutia “reafirma o compromisso da Argentina com a defesa dos valores democráticos e da liberdade na região”. O comunicado acrescenta que, durante a reunião, eles falaram também sobre a detenção do militar argentino Nahuel Gallo na Venezuela.

Atualmente, há cerca de 200 mil venezuelanos que residem na Argentina, dos quais apenas 2.600 estavam aptos a participar das eleições de julho do ano passado, dos quais 94% votaram em González.



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