O Estadual tão pobre e desprezado, de repente, transforma-se na tábua de salvação para Athletico e Coritiba.
E se ocorrer a improvável hipótese do Athletico ser eliminado pelo Azuriz? Tratando-se de Estadual, talvez não pareça grande coisa. Mas é. Uma eliminação como essa tem consequências, em especial, quando há certeza do baixo nível técnico do time e a dúvida sobre a capacidade do treinador.
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O que menos o Furacão precisa nesse momento é ter uma crise técnica. Seria a tempestade perfeita para aumentar o sentimento de perda da torcida pelo rebaixamento e aumentar a indignação contra Petraglia e Lara.
Confirmando a hipótese de classificação, talvez pareça que o Athletico já esteja preparado para cumprir a sua obrigação e retornar ao Brasileirão, sem traumas. Pode parecer, mas não estará pronto. É possível que isso ocorra só depois que o treinador Mauricio Barbieri concluir que o time continua em desorganização, e só depois que Giuliano e Alan Kardec se juntem a Zapelli e ao surpreendente colombiano Velasco, e que o lateral-esquerdo Esquivel recupere-se e continue por aqui. Não é pouca coisa, mas é possível.
Coritiba joga contra a história, o Maringá e a crise
Para classificar-se à semifinal do Estadual, o Coritiba terá que derrotar o Maringá por uma diferença superior a dois gols. De dois gols, nos pênaltis. Pela tradição coxa pode parecer pouca coisa, mas não é.
Lá se vão 116 anos de história sem que o Coxa tenha operado a reservação de dois gols de diferença em um mata-mata. Quer dizer: o Coritiba terá que derrotar a própria história. Quando já existe um sentimento predisposto, qualquer desvio, por mais natural que seja, e o futebol é pródigo em provocá-los, a torcida não terá paciência.
Para a eliminação do Estadual, como sequência da exclusão da Copa do Brasil pelo semiamador Ceilândia, só haverá uma solução: a Treecorp terá que tirar um pouco de dinheiro da aplicação na Faria Lima e gastar no Couto Pereira.
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