Em todas as fotos das conquistas de títulos pelo Athletico, de 2018 a 2024, ele é o único presente em todas: Thiago Heleno. O corpo atarracado já impõe respeito. A cor preta que lhe cobre e a careca reluzente tornam-o imponente.
À essas virtudes, surge o brilho nos olhos que revela o líder. Quando Lucho Gonzáles deu adeus ao futebol, Thiago ganhou a faixa de capitão. Mas, para a torcida, ser capitão era pouco. Então, virou o “General”.
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Foi tão importante, que enfrentou a história. Na formação do Athletico de todos os tempos, no ano do Centenário, Thiago, dividiu a zaga central com Nem, capitão do campeão brasileiro (2001), e com o lendário Hideraldo Luiz Bellini (1968).
Thiago e Atlético eram felizes. Não sabiam que no futebol não há felicidade em si. A felicidade é aqui e agora. Declarado como um dos culpados pelo rebaixamento, e com o mercado insensível à idade e ao valor do salário, aos 36 anos de idade foi tornado marginal no CT do Caju.
A matemática do futebol não é lógica. A compensação é desonesta. No filme da história recente do Furacão, Thiago aparece como um dos heróis. Em alguns capítulos, erguendo o troféu, é o símbolo das conquistas. Agora, por causa do rebaixamento, tornou-se solitário indesejado. Treinando à parte, desprezado.
O tratamento a Thiago Heleno deveria ser diferente. Kaique Rocha, Pablo, Canobbio, Erick e Cuello não tinham a história que o “General” tem no Furacão.
Mas, quem leu Dostoiévski, em “O Idiota”, compreende bem: “quem bem ama, bem castiga”.
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