Há um velho princípio no futebol de que a vitória é o perdão para tudo. Por ter sentimento e orgulho próprio, não o adoto. É que o sentimento de arrependimento por um ato é majestoso por ser simples. É exteriorizado por um pedido de perdão, revelando a angústia da consciência. Não precisando ser eloquente, basta um ato sincero.
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Acertando previamente o silêncio dos torcedores organizados, o presidente Mario Celso Petraglia voltou aos jogos na Baixada. Não o fazia desde que, apontando o dedo médio e rodando-o pela Arena, ofendeu a alma e o espírito dos dois milhões de atleticanos espalhados no Brasil.
Descontraído, cercado por cúmplices e capangas, assistiu à vitória sobre o Guarany de Bagé (3×1) como se nada tivesse acontecido. Insensível e presunçoso, é possível que entenda que o seu ato de arrependimento esteja sendo manifestado com os gols de Luiz Fernando.
A vitória faz esquecer, mas não faz perdoar os atleticanos que se entregam por coisas materiais.
A foto de Petraglia levantando o dedo médio para a torcida, ainda será capa do livro da sua história. “Quem viver, verá”, escreveria o saudoso Boluca.
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Os gaúchos de Bagé não são exemplos de resistência. Bem por isso, a vitória por 3 a 1 não é referência para afirmar de que o Furacão está no caminho certo. A expressão “caminho certo” é inadequada. É que para quem foi rebaixado, só existe um caminho.
E esse não estará próximo enquanto Matheus Babi e Mastriani estiverem como opções de ataque. É que Babi quer jogar, mas não sabe; Mastriani sabe jogar, mas não quer. É difícil encontrar o caminho se, pelos lados, correm Palacios e Fernando. E o meio continue dependendo do humor de Zapelli. No setor, sobra apenas Velasco.
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O conforto é o de que, enfim, há um treinador.
Diz o ditado do povo que se deve “chorar pelo leite derramado”. Mas, às vezes, sobra uma gota para pegar como exemplo dos desatinos.
Estava pensando que se Maurício Barbieri tivesse chegado quando Cuca foi embora, evitando Varini e Lucho, as invenções de Petraglia, tudo estaria como antes.
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