Um atum bluefin de 276 kg foi vendido em Tóquio, no Japão, por U$ 1,3 milhões (cerca de R$ 8 milhões) no primeiro leilão do ano, realizado no domingo (5). O peixe foi arrematado pela rede de restaurantes Onodera e pelo mercado atacadista Yamayuki.
Logo após ser vendido, o bluefin, a espécie mais cara do mundo, foi levado a uma das unidades do grupo e foi servido em forma de sushi e sashimi. O lutador de sumô, Yokozuna Terunofuji, foi um dos primeiros a degustar da carne.
O Thunnus thynnus, nome científico do bluefin, é a espécie de atum que mais acumula gordura na barriga. O corte desta região, chamado otoro, é marmorizado e tem coloração rosada de tanta gordura.
Outros cortes também são apreciados. Entre eles estão o akami, ou lombo, próximo à espinha dorsal, bem vermelho por ter menos gordura, e o chutoro, entre a barriga e o lombo, com cor e teor de gordura intermediários.
A espécie vive em águas profundas, na porção norte dos oceanos Atlântico e Pacífico, e atinge grande velocidade. Usado em conservas e ração para gatos até meados do século 20, ele caiu no gosto da população e dos chefs do Japão pós-guerra.
A alta demanda fez o bluefin quase sumir do mapa. Em 2021, porém, ele foi retirado, pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), da lista de espécies ameaçadas. A pesca voltou a ser autorizada, mas sob rígido controle dos estoques.
Como a captura de atuns selvagens em alto mar exige que os peixes passem por ultracongelamento dentro do barco, o que encarece toda a cadeia, as chamadas fazendas de engorda se tornaram as grandes fornecedoras do mercado internacional.
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