Três bancos que já iniciaram emissões de Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCDs) — BNDES, BDMG e BRDE — quase atingiram o teto estipulado pela regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em apenas uma semana, o volume captado demonstra o potencial do instrumento aprovado pelo Congresso Nacional para mobilizar recursos para o financiamento de longo prazo no país.
Diante desse cenário, a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que representa os bancos de fomento responsáveis pela emissão, planeja atuar junto ao CMN para a ampliar esse limite, autorizado pela legislação aprovada no Congresso.
“A rápida adesão do mercado evidencia que o teto atual de R$ 10 bilhões, baseado no patrimônio líquido das instituições financeiras, algo que não acontece com as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou do Agronegócio (LCA), não é suficiente para suprir a demanda, especialmente considerando o potencial de R$ 40 bilhões aprovados pelo Congresso. Os bancos podem emitir mais, o que traria mais apoio à indústria, mais empregos e melhores salários”, afirma Celso Pansera, presidente da ABDE.
Entre os bancos emissores, o BNDES captou R$ 9,075 bilhões em sua primeira emissão. Já o BRDE alcançou R$ 266,5 milhões em captação através das LCDs. O BDMG, por sua vez, emitiu R$ 60 milhões na primeira semana. O valor somado é de aproximadamente R$ 9,4 bilhões.
A ABDE diz que a alta demanda por LCDs reflete a confiança dos investidores em projetos de desenvolvimento da indústria, infraestrutura e micro e pequenas empresas.
Em 2025, a ampliação do limite das LCDs será tema prioritário nas discussões da associação, para liberar os R$ 40 bilhões previstos em lei e ampliar a capacidade de financiamento de longo prazo em áreas estratégicas.
Com Stéfanie Rigamonti
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