Eliminado com vexame no Campeonato Paranaense e classificado para a terceira fase da Copa do Brasil, o Athletico tem Maurício Barbieri como comandante para retornar ao caminho de sucesso. Ou melhor, para voltar à elite do futebol brasileiro.
Em um vareio do Maringá, Barbieri viu o time perder por 3 a 0 dentro da Ligga Arena. A torcida, já revoltada pelo rebaixamento, perdeu a paciência de vez. Sem o Athletico ser dominante, ninguém foi eximido: “fora todo mundo”, gritaram os torcedores.
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Por enquanto, o treinador está garantido até a estreia na Série B, contra o Paysandu, no início de abril. O UmDois Esportes listou erros do trabalho até agora:
Bola parada é trauma do Athletico
É verdade que o Athletico conseguiu uma sequência de cinco jogos sem ser vazado, mas a equipe tomou 14 gols em 17 jogos. Considerando que essa foi a parte da temporada que o Furacão enfrentou os rivais com nível mais baixo, isso serve como alerta vermelho.
Como diz Barbieri, os adversários precisam produzir pouco para marcar. Em alguns casos, como o gol do Guarany de Bagé, em um chute desviado, são lances de sorte.

Contudo, considerando que a Série B vai impor ao Furacão situações que terá que furar bloqueios e evitar gols em bola paradas e transições, é mais um sinal de atenção nessas duas semanas sem jogos.
O time tem dois problemas traumáticos desde 2024.
O primeiro é tomar gols nos acréscimos. Essa foi a tendência no início do Estadual, que diminuiu com Barbieri.
No entanto, a que se mantêm são as dificuldades da defesa nas bolas aéreas, principalmente em escanteios e faltas. Foi assim que o Maringá abriu o placar nos dois jogos da semifinal do Campeonato Paranaense, que abriram o caminho da eliminação rubro-negra.
Dos 14 gols sofridos pelo Athletico em 2025, sete foram originados com bola aéreas.
Athletico insiste em laterais de baixo rendimento
O lateral-esquerdo Fernando jogou 15 dos 17 jogos do Athletico na temporada e não convenceu em nenhum deles. Além de sofrer na parte defensiva, o jogador de 25 anos deixa muito a desejar na hora de participar ofensivamente.
Os momento mais marcantes de Fernando nesses três meses são o erro grotesco contra o Maringá e a participação na briga generalizada do Atletiba.

É certo que o argentino Lucas Esquivel não esteve à disposição. Mas não se sabe em qual condição física ele vai retornar. Além disso, vale ressaltar aqui o ânimo de Esquivel, já que ele queria ter sido negociado com o River Plate, da Argentina.
Do lado direito, Dudu tem o mesmo cenário. Apesar de ser mais esforçado e voluntarioso, o lateral ex-Criciúma ainda não foi decisivo. Mais forte fisicamente que Fernando, ele arriscou cruzamentos com as duas pernas sem muito brilho na execução.
O que garante a titularidade de Dudu é a consciência defensiva, algo que pesa contra o Hayen Palacios. No entanto, o colombiano foi mais decisivo com dois gols e uma assistência.
O setor deve ser prioridade para o mercado do Athletico nesta janela de transferências. Ao contrário do que aconteceu em 2024, reforçar os setores é fundamental.
Conservadorismo de Barbieri pode atrapalhar o Furacão
Maurício Barbieri tem um aspecto positivo em relação aos últimos treinadores do Athletico. Ao contrário de Lucho González e Martín Varini, que ficavam presos a um esquema, Barbieri mostra mais repertório, ou melhor, mais capacidade para se adaptar.
O problema é que, em alguns momentos, Barbieri quer segurar o resultado e não permite que a equipe deslanche. Foi assim, por exemplo, na vitória por 2 a 0 sobre o Pouso Alegre, na primeira fase da Copa do Brasil.
Isso pode ser importante em alguns jogos, mas muito perigoso em outros.
Contra o Maringá, o grande duelo do Athletico até agora, Barbieri fez certo em escalar três zagueiros. Essa opção não significa necessariamente montar o time de maneira defensiva.
A opção neutralizou o ponto forte do Maringá, que eram as bolas diretas. O problema foi que o sistema de marcação do rival gera “uma loucura” no jogo, como bem definiu Barbieri. O técnico quis controlar o caos inevitável, ao invés de abraçá-lo.

O principal problema foi tirar a referência do ataque. Mais centralizados e como uma dupla ao invés do trio, Kevin Velasco (indicação de Barbieri) e Luiz Fernando não tiveram o mesmo desempenho, sendo que a associação entre eles é um dos pontos mais positivos do Athletico nesses três meses.
Com Bruno Zapelli fora de rotação no sistema, a escolha com uma linha de quatro meio campistas em um possível 3-4-3 podia ter sido mais interessante. João Cruz, que foi quem solucionou o jogo da primeira fase, e Patrick poderiam ser os mais
Athletico cria, mas peca em excesso de gols perdidos
A única goleada do Athletico foi sobre o Rio Branco, por 5 a 1, na segunda rodada do Estadual. A vitória por 3 a 0 sobre o Azuriz, nas quartas de final, poderia ter sido mais elástica.
Já os outros triunfos mais sólidos foram por 3 a 1, sobre o Guarany de Bagé, pela Copa do Brasil, e a dupla mais modesta do Estadual, Andraus e São Joseense.
O detalhe é que em três duelos dentro da Ligga Arena, contra Operário, Cianorte e Cascavel, o time rubro-negro teve maior volume e não saiu com a vitória. Foi assim também na derrota para o Azuriz, fora de casa.
A falta de pontaria dos atacantes é tema recorrente no Athletico, assim como os aspectos defensivos.
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