O investimento chegou também no futebol amador de Curitiba. O esporte bretão agora vê a modernidade tomando conta e transformando os campos esburacados e desnivelados em gramados sintéticos, com suas peculiaridades.
Em 2025, a Suburbana, que terá seu pontapé inicial com a primeira rodada neste sábado (5), às 15h30, contará com quatro campos com grama sintética, que chegaram como solução financeira para os clubes.
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O Trieste foi pioneiro e usa a grama artificial há mais de 10 anos. Em 2023, foi a vez do Operário Pilarzinho, atual campeão do torneio, aderir à mudança. Já no ano passado, o Capão Raso também optou por reformar seu campo e colocar o sintético.
“Para o futebol amador, principalmente os clubes que sobrevivem no seu dia a dia da locação dos campo, a grama natural não se sustenta, ela não dá condições para que você possa estar alugando constantemente. Então, a grama sintética vai ser, e já está sendo, a grande alternativa dos clubes para que possam se sustentar ao longo de um campeonato que, por mais curto que seja, demanda treinos, jogos. A grama sintética é, sim, um grande facilitador”, disse Ubaldo Paolini Junior, presidente do Capão Raso há quase quatro anos.
Ainda segundo o mandatário do Esquadrão de Aço, a mudança pode fazer com que o futebol amador perca um pouco do seu aspecto “raiz”, mas acredita que a modernidade é algo natural em todas as modalidades.
“Se a gente for levar para um aspecto raiz mesmo, ele perde um pouco das características. Mas, infelizmente, ou felizmente, as inovações estão aí em todas as áreas. Então, temos sempre que modernizar, que melhorar, e a questão vai ser de adaptação dos clubes que puderem estar melhorando e implementando essa sistemática de grama sintética, vão ser os clubes que vão ter a possibilidade de se sobressair ao longo dos campeonatos”, completou.
Atletas amadores são favoráveis aos gramados sintéticos
Ao contrário do movimento dos jogadores profissionais que criticaram os sintéticos no Brasileirão da Série A em um manifesto de fevereiro de 2025, a maioria dos atletas do futebol amador local tem sido favorável à grama artificial.
Marlon Christian Ribas, 26 anos e camisa 9 do Novo Mundo (usa campo natural na Arena Vermelha), afirma que a mudança não vai tirar a magia da Suburbana. O atacante já atuou em outros clubes com gramado natural e também joga pela modalidade Fut7, de grama sintética.
“Eu vejo essa evolução mais no sentido da administração dos times, porque o tanto de aluguéis de torneio, copas e etc, nos campos de Curitiba, deixam os campos de gramas naturais muito ruins. Por isso, vários clubes estão se adaptando ao sintético, que é uma manutenção mais barata e a longo prazo”, disse.
“E eu acho que a magia da Suburbana não se perde por isso. A magia vem mais do afeto, da paixão pelo clube. Como jogador, eu gosto. Os campos sintéticos de alta qualidade, dão muito mais condições de jogo para a gente. Até tem a questão de lesões, mas eu prefiro o sintético, que você consegue jogar, do que os campos que não estão bem cuidados e que acabam favorecendo uma equipe ou outra”, completou.
Ubaldo Paolini Junior também comentou que a maioria dos atletas do Capão Raso e de outras agremiações tem concordado com a evolução no amador. “Os atletas sempre querem um campo em condições de jogo e hoje, dentro das condições climáticas de Curitiba, a grama sintética tem sido a grande alternativa. Nossos atletas são favoráveis a ela”.
Iguaçu vai usar o sintético pela primeira vez; Nova Orleans prepara transformação em seu estádio
Para esta temporada, o Iguaçu também adotou a modernidade no seu espaço e vai usar o sintético pela primeira vez. O Alvinegro recebeu um aporte milionário do mesmo grupo que faz a gestão do seu rival Trieste, conforme noticiado pelo UmDois Esportes em outubro do ano passado.
As obras do Iguaçu Stadium ainda não estão 100% concluídas, já que ainda faltam as construções das arquibancadas e de um restaurante, que terá vista privilegiada ao campo principal, previstas para serem finalizados na metade de 2025. Mas o time já treina no local desde o mês passado e faz sua estreia na Suburbana diante do Vila Sandra em casa.
E um quinto clube já iniciou obras para transformação do seu espaço em um complexo esportivo: o Nova Orleans. O campo também será sintético, e o local contará com espaços de lazer e entretenimento para os torcedores. O Estádio José Drulla Sobrinho já está fechado, e a equipe jogará no campo do Santa Quitéria em 2025. Veja o projeto abaixo.
Veja os jogos da 1ª rodada da Suburbana 2025, todos neste sábado (5), às 15h30:
- Combate Barreirinha x Santa Quitéria, no Recanto Tricolor, em Almirante Tamandaré
- Nova Orleans x Novo Mundo, no Maurício Fruet, no Santa Quitéria
- Operário Pilarzinho x Trieste, no Bortolo Gava, no Pilarzinho
- Renovicente x Vila Fanny, no Solar do Bosque, no Santa Cândida
- Capão Raso x Grêmio Ipiranga, no José Carlos de Oliveira Sobrinho, no Capão Raso
- Iguaçu x Vila Sandra, no Egydio Ricardo Pietrobelli, no Butiatuvinha
Acesse a tabela completa aqui.
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