Lar Últimas Curitiba lidera alta no preço de imóveis entre as capitais
Últimas

Curitiba lidera alta no preço de imóveis entre as capitais



Comprar um imóvel no Brasil em 2024 ficou, em média, 7,73% mais caro em relação a 2023, segundo levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o DataZap, hub imobiliário do grupo OLX. O levantamento considerou os preços de imóveis residenciais em 56 cidades brasileiras e registrou o maior aumento anual desde 2013, quando os valores subiram 13,74%.

Esse cenário foi impulsionado pelo crescimento da economia brasileira e pelo aquecimento do mercado de trabalho. A alta nos preços foi sentida em praticamente todo o país, com as 22 capitais analisadas registrando aumentos superiores a 2%. Curitiba liderou o ranking com um aumento de 18% no valor médio dos imóveis em comparação com 2023.

Na sequência, aparecem Salvador (16,3%), João Pessoa (15,5%), Aracaju (13,7%), Belo Horizonte e Vitória (ambas com 12,5%). De acordo com os anúncios de imóveis residenciais disponíveis em dezembro de 2024, o preço médio do metro quadrado calculado pelo Índice FipeZap foi de R$ 9.366/m².

Balneário Camboriú (SC) manteve-se como a cidade brasileira com o metro quadrado mais caro: média de R$ 13,9 mil

Os imóveis de um quarto apresentaram a maior valorização no ano, com alta de 8,71%. Em seguida, vieram os de três quartos (8,08%), dois quartos (7,16%) e, por último, os imóveis com quatro ou mais quartos, que tiveram um aumento de 6,24%. “Cada cidade tem suas especificidades. De modo geral, o cenário macroeconômico do país – com PIB acima do esperado e taxa de desemprego no menor patamar histórico – explica por que a maioria das capitais apresentaram valorização real do preço de venda dos imóveis residenciais”, diz Paula Reis, economista do DataZAP.

Segundo ela, na capital paranaense, a variação está associada à expansão do mercado curitibano de compra e venda. Após a pandemia de Covid-19, Curitiba mudou de patamar em termos de transações. De acordo com dados do Registro de Imóveis do Brasil e da Fipe, entre março de 2019 e fevereiro de 2020, cerca de 46 mil imóveis foram transacionados na capital paranaense.

Entre junho de 2023 e maio de 2024, último dado disponível, esse número subiu para 58 mil imóveis. “Os bairros mais procurados nos portais do Grupo OLX para venda são próximos ao centro histórico, ou seja, são bairros com mais infraestrutura urbana e oferta de serviços. Essas localidades já apresentam maior densidade demográfica e estão se valorizando mais do que regiões com maior oferta de terrenos”, completa Reis.

Mercado em Curitiba

O aumento nos preços dos imóveis em Curitiba não é um fenômeno recente. Dados do Registro de Imóveis do Brasil e da Fipe mostram que, entre março de 2019 e fevereiro de 2020, cerca de 46 mil imóveis foram negociados na capital paranaense. Esse número saltou para 58 mil entre junho de 2023 e maio de 2024, o dado mais recente disponível.

Os segmentos de moradia popular e de médio padrão foram os grandes impulsionadores da demanda por crédito imobiliário em 2024. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) revelam que a carteira de crédito no setor cresceu 23% até novembro, abrangendo todos os segmentos.

Mercado imobiliário registra aumento superior a indicadores econômicos

O mercado imobiliário registrou aumentos superiores aos principais indicadores de preços da economia. O IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços-Mercado) subiu 6,5% até novembro, enquanto o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação ao consumidor, acumulou alta de 4,6% nos 12 meses até dezembro.

Neste recorte comparativo, entre as capitais, Vitória encerrou 2024 com o metro quadrado mais caro do país, avaliado em R$ 12,2 mil. Em seguida, estão Florianópolis (R$ 11,7 mil), São Paulo (R$ 11,3 mil), Curitiba (R$ 10,7 mil) e Rio de Janeiro (R$ 10,2 mil).

Balneário Camboriú (SC) manteve-se como a cidade brasileira com o metro quadrado mais caro, chegando a R$ 13,9 mil, em média. Itapema (SC) ficou em segundo lugar, com R$ 13,7 mil, seguida por Vitória (ES), com R$ 12,2 mil.

Por outro lado, Betim (MG) registrou o menor valor médio do metro quadrado, de R$ 4.280. Na sequência estão Pelotas (RS) com R$ 4.286, São Vicente (SP) com R$ 4.478 e Santa Maria (RS) com R$ 4.814.

Crescimento das cidades impacta no mercado imobiliário

O crescimento de cidades médias e grandes, aliado a investimentos em infraestrutura, está transformando o mercado imobiliário, com regiões em expansão urbana se tornando atrativas para compradores, na avaliação feita pelo setor. Levantamento do IBGE aponta que regiões em desenvolvimento urbano tiveram aumento de até 20% no valor dos imóveis entre 2020 e 2023.

Cidades como Goiânia, Fortaleza e Campinas são exemplos de locais mencionados pelo mercado onde investimentos em transporte e novos centros comerciais têm impulsionado os negócios. Áreas próximas a grandes centros, mas ainda em fase de crescimento, também ganharam destaque entre investidores. Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostram que as vendas de imóveis nessas regiões cresceram 15% em 2024.

As capitais com maior alta nos preços de imóveis em 2024

  • Curitiba (PR): +18,00%
  • Salvador (BA): +16,38%
  • João Pessoa (PB): + 15,54%
  • Aracaju (SE): + 13,79%
  • Belo Horizonte (MG): + 12,53%
  • Vitória (ES): + 12,51%
  • Fortaleza (CE): + 11,49%
  • Goiânia (GO): + 11,49%
  • Maceió (AL): + 10,50%
  • Cuiabá (MT): + 10,31%
  • Belém (PA): + 9,90%
  • Florianópolis (SC): + 9,07%
  • São Luís (MA): + 8,73%
  • Natal (RN): + 8,51%
  • Manaus (AM): + 8,45%
  • Recife (PE): + 6,64%
  • São Paulo (SP): + 6,56%
  • Porto Alegre (RS): + 6,44%
  • Campo Grande (MS): + 4,08%
  • Brasília (DF): + 3,71%
  • Rio de Janeiro (RJ): + 3,13%
  • Teresina (PI): + 2,80%

As cidades mais caras em 2024 (preço médio por m²)

  • Balneário Camboriú (SC): R$ 13.911/m²
  • Itapema (SC): R$ 13.721/m²
  • Vitória (ES): R$ 12.287/m²
  • Itajaí (SC): R$ 11.857/m²
  • Florianópolis (SC): R$ 11.766/m²
  • São Paulo (SP): R$ 11.374/m²
  • Barueri (SP): R$ 10.844/m²
  • Curitiba (PR): R$ 10.703/m²
  • Rio de Janeiro (RJ): R$ 10.289/m²
  • Belo Horizonte (MG): R$ 9.365/m²
  • Brasília (DF): R$ 9.325/m²
  • Maceió (AL): R$ 9.173/m²
  • Vila Velha (ES): R$ 9.056/m²
  • São Caetano do Sul (SP): R$ 8.545/m²
  • São José dos Campos (SP): R$ 8.233/m²
  • Recife (PE): R$ 8.089/m²
  • Fortaleza (CE): R$ 8.031/m²
  • São José (SC): R$ 7.956/m²
  • Osasco (SP): R$ 7.933/m²
  • Goiânia (GO): R$ 7.929/m²
  • Joinville (SC): R$ 7.615/m²
  • São Luís (MA): R$ 7.440/m²
  • Belém (PA): R$ 7.405/m²
  • Santos (SP): R$ 7.322/m²
  • Santo André (SP): R$ 7.196/m²
  • Niterói (RJ): R$ 7.132/m²
  • Porto Alegre (RS): R$ 7.111/m²
  • Manaus (AM): R$ 7.061/m²
  • Blumenau (SC): R$ 7.008/m²
  • João Pessoa (PB): R$ 6.890/m²
  • Campinas (SP): R$ 6.888/m²
  • Guarulhos (SP): R$ 6.816/m²
  • Salvador (BA): R$ 6.766/m²
  • São Bernardo do Campo (SP): R$ 6.511/m²
  • Diadema (SP): R$ 6.467/m²
  • Guarujá (SP): R$ 6.431/m²
  • Praia Grande (SP): R$ 6.150/m²
  • Cuiabá (MT): R$ 6.099/m²
  • Campo Grande (MS): R$ 5.769/m²
  • Caxias do Sul (RS): R$ 5.671/m²
  • Teresina (PI): R$ 5.628/m²
  • Natal (RN): R$ 5.613/m²
  • Canoas (RS): R$ 5.578/m²
  • Jaboatão dos Guararapes (PE): R$ 5.447/m²
  • Contagem (MG): R$ 5.419/m²
  • São José dos Pinhais (PR): R$ 5.353/m²
  • São José do Rio Preto (SP): R$ 5.321/m²
  • Aracaju (SE): R$ 5.163/m²
  • Londrina (PR): R$ 5.115/m²
  • São Leopoldo (RS): R$ 5.101/m²
  • Novo Hamburgo (RS): R$ 5.043/m²
  • Ribeirão Preto (SP): R$ 4.918/m²
  • Santa Maria (RS): R$ 4.814/m²
  • São Vicente (SP): R$ 4.478/m²
  • Pelotas (RS): R$ 4.286/m²
  • Betim (MG): R$ 4.280/m²



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Últimas

guias e calendário estão disponíveis no Rio de Janeiro

Vencimentos do IPVA no estado do Rio de Janeiro começam dia 21....

Últimas

Sindicato diz que crise no IBGE ocorre por “decisões arbitrárias da presidência”

Na segunda (6), os diretores João Hallak Neto e Elizabeth Hypolito, da...

Últimas

Caixa aumenta juros do financiamento imobiliário

A Caixa Econômica Federal elevou os juros do financiamento imobiliário em meio...

Últimas

Arrecadação federal em alta, mas contas do governo no vermelho

A máquina de arrecadação do governo federal continua a registrar recordes mensais,...