Além da queda de receitas causada pelo rebaixamento à Série B, o Athletico se organiza com a única dívida que possui. A Ligga Arena, reformada para sediar a Copa do Mundo de 2014, ainda não foi totalmente quitada.
O acordo tripartite, selado com a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná na metade de 2023, resolveu o imbróglio judicial que durou nove anos.
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A obra teve custo de R$ 346,2 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), sendo R$ 291 milhões financiados pela Fomento.
O valor corrigido da dívida, contudo, alcançou a casa de R$ 590 milhões, já sem a cobrança de multas e juros moratórios. Com a aplicação de todos os juros, a quantia seria de R$ 1,2 bilhão.
Além disso, há cobrança de juros de 1,9% ao ano durante o período do financiamento.
A parte que coube ao governo do Paraná já foi quitada. A Fomento confirmou ao UmDois Esportes que a administração estadual pagou os R$ 75 milhões em 2024. O valor foi repassado para o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), conforme determinado no acordo tripartite.
Pagamentos já feitos pelo Athletico
A diretoria do Athletico, que apresentou um quadro financeiro do clube aos conselheiros em fevereiro, aponta que dois pagamentos foram feitos à Fomento.

A entrada foi quitada em 2023 com um PIX de R$ 50 milhões. Já a primeira parcela foi paga em 2024 no valor de R$ 67,6 milhões.
Contudo, o clube ainda listou o custo dos juros do financiamento, que foram R$ 63 milhões até dezembro de 2024.
Para 2025, o Furacão registra que deve ser paga uma nova parcela de R$ 67,5 milhões, além de apontar a parte que cabe à Prefeitura de Curitiba, de R$ 50 milhões.
“O Athletico constituiu um fundo de reserva específico para suas obrigações. O fundo de reserva nos garante o pagamento da nossa parte relativo à única dívida que temos hoje”, garantiu o vice-presidente Luiz Alberto Kuster.
Prefeitura de Curitiba ainda deve parcela e potencial construtivo

A Prefeitura de Curitiba ainda deve pagar o que lhe cabe. O valor inicial era de R$ 75 milhões, mesmo valor pago pelo governo do Paraná. No entanto, foi descontado o valor que o o Athletico ainda devia ao município nas desapropriações no entorno da Arena.
Segundo o Athletico, a prefeitura ainda deve fazer um pagamento de R$ 50 milhões e obter os R$ 240 milhões no que se refere ao potencial construtivo, que é vendido em cotas pela própria prefeitura.
O Potencial Construtivo é a autorização dada pelo município para construção acima do permitido pelo zoneamento em determinado terreno. Ou seja, é um acréscimo ao direito de construir, que possibilita aumentar o número de pavimentos e/ou a área de construção.
Em nota enviada ao UmDois Esportes, a Prefeitura de Curitiba informou que a comercialização das cotas relacionadas ao Athletico teve início em 12 de julho de 2024, sob a gestão do ex-prefeito Rafael Greca.
No entanto, segundo o que o presidente Mario Celso Petraglia falou aos conselheiros rubro-negros, as cotas deveriam ter sido vendidas a partir de janeiro do ano passado.
“O valor previsto para venda no prazo de 12 meses a partir de 12/07/2024 refere-se à primeira parcela no valor de R$ 20.048.853,74, correspondente a 1/12 do total especificado no artigo. Até o momento foram comercializadas R$ 9,5 milhões em cotas em condições diferentes, com pagamentos que variam de uma a 12 parcelas”, aponta a gestão de Eduardo Pimentel, que teve início como prefeito em janeiro deste ano.
Segundo o Athletico, a dívida atual é de R$ 102,9 milhões. Contudo, conforme demonstrado pela diretoria do clube, o valor pode chegar a R$ 342,940 devido ao valor de R$ 240 milhões do potencial construtivo.
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