O grupo Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA), composto por 31 ex-presidentes de países da América Latina e da Espanha, solicitou nesta segunda-feira (13) ao secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que convoque com urgência o Conselho Permanente da entidade para iniciar negociações diplomáticas que garantam a posse de Edmundo González Urrutia como presidente legítimo da Venezuela.
Em comunicado, os ex-mandatários enfatizaram a necessidade de restabelecimento da democracia no país, onde o ditador Nicolás Maduro tenta se perpetuar no poder após tomar posse para um terceiro mandato na sexta-feira (10).
No comunicado, o grupo destacou que a situação venezuelana exige uma “urgente apreciação” por parte da OEA.
“Só assim poderão garantir suas próprias estabilidades outros países”, pontuou o documento, sinalizando a preocupação de que a crise na Venezuela possa ter reflexos em toda a região.
O novo mandato do ditador Maduro se estenderá até 2031. Nas eleições de 28 de julho de 2024, ele foi “reeleito” presidente pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não divulgou os resultados oficiais detalhados do pleito, como manda a legislação.
Segundo a Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior bloco de oposição, González, seu representante nas eleições, venceu o pleito por ampla margem a disputa contra Maduro. A PUD divulgou 85,18% das atas de votação que foram obtidas por seus apoiadores que comprovam o resultado.
A ideia de envolver a OEA é uma forma de fazer com que todos os países membros da organização, que inclui o Brasil, reconheçam González como presidente de fato da Venezuela.
Desde o início de janeiro, González tem realizado diversas visitas por países da América Latina e Estados Unidos, buscando apoio internacional para sua posse como presidente. Ele já visitou Argentina, Uruguai, Panamá, República Dominicana e os Estados Unidos. Nesta segunda-feira, o IDEA agradeceu aos governos que receberam o líder opositor e reafirmou seu compromisso em trabalhar para que ele assuma a presidência venezuelana.
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