O técnico Fernando Diniz rasgou elogios a Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico. Em participação no Charla Podcast, o treinador ainda revelou como pinçou o camisa 10 do rebaixamento do Paraná Clube em 2018.
“O Petraglia é um gênio. Você aprende com ele. É um cara muito diferente, genial mesmo. Toma risco para caramba e é um cara bom de conviver e de aprender coisas”, declarou.
“Não é um cara que sabe do jogo de futebol, de parte tática. Isso é uma coisa secundária para mim, sabe? Ele conhece de gente. Ele me viu e achava, em alguma medida, muito parecida com ele na questão da intuição. É a coisa mais forte que eu tenho, de perceber as coisas. Eu não descarto as coisas mecânicas, mas eu sigo muito minha intuição e depois vou pondo as coisas no lugar. Vejo o negócio meio pronto e depois vou construindo. O Petraglia é meio parecido comigo nisso e a gente teve uma identificação muito grande”, completou Diniz.
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Técnico do Athletico em 2018, Fernando Diniz teve um início arrasador que terminou com uma série trágica. Ele acumulou cinco vitórias, sete empates e nove derrotas em 21 jogos.
O aproveitamento de 34% foi o pior em 10 anos do clube, sendo que apenas o trabalho de Roberto Fernandes, em 2008, teve rendimento abaixo, com 28,8%.
A contragosto, Petraglia cedeu à pressão da torcida e dos conselheiros por tirar o técnico do comando do elenco devido aos resultados ruins. No entanto, invés de uma demissão tradicional, o dirigente optou por manter o salário do treinador e incentivou a ida de Diniz para a Europa.

Ida ‘relutante’ para a Europa e parceria com Fernandinho
Fernando Diniz disse que ficou “relutante” em seguir recebendo o salário no Athletico e, que depois de três meses, aceitou a proposta de Petraglia para ir à Europa.
Segundo ele, em um mês, ele passou pelos centros de treinamentos do PSG, Chelsea e Manchester City, quando teve o primeiro contato e fez a foto ao lado do técnico Pep Guardiola.
“Ele [Petraglia] me tirou da posição de técnico e não me demitiu, eu fiquei no clube. Ele falou para mim assim: ‘fica lá seis meses na Europa, depois volta’. Ele tinha um plano para mim, junto com o que ele pensava de futebol para o Athletico avançar. Eu tenho muita gratidão pelo Petraglia. Foi o cara que me enxergou”, contou Diniz.
Neste período, o treinador ainda fez uma parceria com o volante Fernandinho, descartado por Petraglia para 2025. O presidente se irritou com o jogador, que fez com que a equipe deixasse de concentrar antes dos jogos no ano do rebaixamento. Apesar da expectativa de Fernandinho, o Athletico não fez proposta de renovação e deixou o atleta livre no mercado.
“Conversei muito com o Fernandinho. Todo dia conversava com ele umas duas, três horas. Foi um cara importante demais nessa minha visita. Agradeço ele até hoje”, acrescentou.
Camisa 10 do Paraná Clube chamou a atenção do técnico ex-Athletico

Sondado pelo Barcelona para a próxima janela de transferências, Caio Henrique chamou a atenção de Fernando Diniz em 2018. O jogador de 27 anos vem tendo destaque no Monaco, da França, após mudar de posição com o treinador brasileiro.
O ex-meia canhoto era o camisa 10 do Tricolor, que veio ser rebaixado como lanterna do Brasileirão daquele ano.
“Quando vai jogar contra, eu assisto quatro a cinco jogos do adversário. Eu ficava vendo o Paraná Clube e ele era loirinho, eu até hoje chamo ele de russinho. ‘Esse russinho é bom pra caramba, mas ele não é camisa 10 nem ferrando porque o cara não entra na área, mas joga bem e é habilidoso'”, lembrou Diniz.
“Ele jogou de camisa 10 e falso 9 no Paraná Clube. Aí o Paraná caiu, foi o último colocado e faltando dois meses para terminar, ele foi mandado embora. Saiu ferrado de lá”, acrescentou.
Quando foi contratado para montar o time do Fluminense em 2019, Diniz ligou para Caio Henrique e o testou na lateral. Desde então, Caio Henrique atua no setor e passou pelo Grêmio antes de se transferir para a França.
“Eu que arrumei o telefone e liguei. Aí ele veio para jogar de 8 e às vezes de 5. Aí fui vendo ele de lateral… Os laterais não firmavam e ele se achou. Aí quando eu quis botar ele, só para botar galho, ele [disse] ‘não me tira mais daqui'”, finalizou.
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