As forças armadas da Venezuela (Fanb) reafirmaram sua lealdade a Nicolás Maduro, que foi empossado nesta sexta-feira (10) para o seu terceiro mandato consecutivo após fraudar as eleições de julho de 2024.
“Estamos participando desse ato de reconhecimento, reafirmação de lealdade e juramento que exalta as bases fundamentais sobre as quais se assenta a organização militar, como disciplina, obediência e subordinação”, declarou o ministro da Defesa do regime chavista, Vladimir Padrino López, um aliado de Maduro, em cerimônia transmitida pela estatal VTV.
Padrino disse que a Venezuela está enfrentando uma coalizão de “potências estrangeiras”, liderada pelos Estados Unidos, razão pela qual, segundo ele, as forças armadas devem impedir que “potências” externas “imponham mais uma vez governos neocoloniais e submissos que violam os interesses sagrados do povo”.
Ele destacou que a instituição militar obedecerá ao “comando popular expresso em 28 de julho de 2024 em eleições livres, universais, diretas e secretas”. O resultado dessas eleições não foram divulgados pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), desobedecnd a própria legislação venezuelana. Além disso, diversas organizações apontam que as eleições não foram livres, já que o regime apertou o cerco contra a oposição.
“Reconhecemos e reafirmamos nossa lealdade e subordinação absoluta a Nicolás Maduro Moros como presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela, nosso comandante em chefe para o período 2025-2031”, acrescentou.
Maduro agradeceu o juramento de “reconhecimento e lealdade”, dizendo que tem os “poderes dados pelo povo” para enfrentar “todas as circunstâncias presentes e futuras”.
O ditador venezuelano foi empossado nesta sexta-feira, mesmo com as atas coletadas pela oposição apontando para a vitória de Edmundo González Urrutia, que deveria ter assumido o Executivo. A coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) disse nesta sexta que Maduro consumou um “golpe de Estado”.
A PUD afirma que reuniu 85% das atas eleitorais como prova da vitória de seu candidato. Elas foram coletadas por testemunhas e membros de seções eleitorais no dia da eleição e disponibilizadas em um site, mas o regime as classificou como “falsas”.
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