A Fundação Athletico Paranaense (Funcap) teve um superávit de R$ 575 mil em 2024, de acordo com o balanço financeiro aprovado. A reunião dos Conselhos Deliberativo, Administrativo e Fiscal aconteceu na última quinta-feira (21) de forma híbrida.
João Augusto Fleury Rocha, presidente do conselho de administração, esteve presente fisicamente, enquanto Luiz Alberto Küster, vice-presidente do conselho deliberativo, participou de forma remota.
O documento, disponibilizado no site da Funcap, aponta que o superávit no ano anterior (2023) foi de R$ 511 mil. Isso representa um aumento de 12,5%.
Além disso, chama a atenção que o patrimônio e os ativos da Fundação CAP aumentaram. Em 2024, o valor é de R$ 2,5 milhões, sendo que era de R$ 1,1 milhão em 2023.
“Este relatório apresenta um ano de grandes conquistas, onde, por meio de uma gestão estratégica e transformadora, a Fundação conseguiu não apenas consolidar suas bases, mas também criar possibilidades para a construção de um futuro mais justo e sustentável”, diz um trecho no início do documento.
Fundada em dezembro de 2013, a Fundação Athletico Paranaense tem como objetivo utilizar o futebol como uma ferramenta para o desenvolvimento educacional e social. Dessa forma, o clube consegue, por meio da fundação, dar assistência social, educacional, cultural e esportiva no apoio às crianças e jovens.
Além disso, no ano passado, a FUNCAP passou a ter o título de Utilidade Pública
Municipal de Curitiba, por meio do ex-vereador João da 5 irmãos, reafirmando a relevância social na cidade.
Balanço do Athletico sai em abril

Fundação Athletico Paranaense e o Club Athletico Paranaense são empresas distintas. Portanto, esse balanço não é o mesmo do que se refere ao clube propriamente dito, que tem o CT do Caju como patrimônio, por exemplo.
O balanço financeiro do clube tem prazo legal de ser aprovado até o fim de abril. No entanto, ainda não foi marcada a reunião da diretoria. Após a aprovação, o balanço será divulgado.
Vale lembrar que, em 2024, o Athletico alcançou o décimo ano consecutivo com superávit. O balanço do ano passado, referente a 2023, apontou superávit líquido de R$ 383,2 milhões. O número foi um novo recorde histórico para o Furacão, sendo que, em 2002, o valor foi de R$ 47,6 milhões.
No fim de fevereiro, a reunião de conselheiros que definiu o novo vice-presidente do Conselho Administrativo ficou marcada por um alerta do presidente Mario Celso Petraglia.
O recado aos conselheiros foi claro: o Furacão deve ter déficit após a queda para a Série B e corre risco de ficar no “vermelho”.
“As palavras que o presidente falou na reunião do conselho foi: ‘o Athletico pode ficar no vermelho'”, confirmou o vice Luiz Alberto Küster ao ressaltar o patrocínio máster da Viva Sorte.
Dívida da Ligga Arena

A única dívida que o Athletico diz ter é o pagamento da Ligga Arena. O estádio foi reformado para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 e ainda não foi quitado.
O acordo tripartite, selado com a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná na metade de 2023, resolveu o imbróglio judicial que durou nove anos.
A obra teve custo de R$ 346,2 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), sendo R$ 291 milhões financiados pela Fomento.
O valor corrigido da dívida, contudo, alcançou a casa de R$ 590 milhões, já sem a cobrança de multas e juros moratórios. Com a aplicação de todos os juros, a quantia seria de R$ 1,2 bilhão.
Além disso, há cobrança de juros de 1,9% ao ano durante o período do financiamento.
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