O líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia se reuniu nesta segunda-feira (6) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca, e descreveu o encontro como “longo, frutífero e cordial”.
Em breves declarações à imprensa após a reunião, González afirmou que Biden “o acompanha de todo o coração” em sua tentativa de retornar à Venezuela para a posse presidencial, marcada para o dia 10, quando o ditador Nicolás Maduro espera assumir o cargo, após fraudar as eleições de julho de 2024.
González explicou que ele e Biden abordaram “vários aspectos da relação bilateral” e que agradeceu o “apoio” recebido do governo dos EUA “nessa luta pela recuperação democrática da Venezuela”.
O opositor venezuelano não confirmou se pretende se reunir com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, mas disse que as relações com o novo governo serão “muito, muito próximas e também muito benéficas para a Venezuela”.
“Vamos continuar com a mesma política bipartidária que temos tido desde o início e, com isso, vamos garantir que o caminho para a restauração da democracia seja o mais rápido possível”, antecipou.
Com relação ao apelo da líder opositora María Corina Machado para que os venezuelanos saiam às ruas, Gonzalez Urrutia declarou que “a recuperação da democracia é uma tarefa de todos”.
O encontro com González não fazia parte da agenda oficial de Biden nesta segunda-feira. Em nota, a Casa Branca disse que “o presidente Biden enfatizou que o mundo se sentiu inspirado pelos milhões de venezuelanos que corajosamente votaram por uma mudança democrática nas profundamente falhas eleições presidenciais de 28 de julho, conforme demonstrado pela coleta das atas de apuração que indicaram que González Urrutia recebeu a maioria dos votos por uma margem intransponível. Ambos os líderes concordaram que não há nada mais essencial para o sucesso da democracia do que respeitar a vontade do povo, expressa por meio de um processo eleitoral transparente e responsável, e que a vitória da campanha de González Urrutia deve ser honrada por meio de uma transição pacífica de volta ao regime democrático”.
A visita de González a Washington faz parte de uma turnê para angariar apoio internacional para a posse presidencial, marcada para 10 de janeiro.
O chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição do ditador Nicolás Maduro após a fraude eleitoral de 28 de julho. Quando questionado, não apresentou provas da vitória do ditador com resultados detalhados. A Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior coalizão de oposição, apresentou registros da votação que dão a vitória por ampla margem a González, que foi considerado o presidente eleito pelos Estados Unidos e outros países.
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