Anunciado como novo reforço do Palmeiras, na última semana, Vitor Roque iniciou a sua carreira no futebol bem novo. Com apenas seis anos de idade, ele já chamava a atenção no interior de Minas Gerais.
Na escolinha de futebol do Cruzeirinho, em Coronel Fabriciano, a 247 km de Belo Horizonte, um volante baixinho e entroncado era quem sempre fazia a diferença nas partidas de sua categoria.
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A disparidade técnica, mental e física se mostrava tão grande que os professores foram, aos poucos, obrigados a subir o garoto para jogar com os mais velhos. A ideia era testar os limites da joia que tinham em mãos, um tal de Vitor Roque.
“Os meninos vinham cobrar de mim, reclamar, falando que eles ficavam sem ganhar quando o Vitor estava na categoria de cima”, conta Alcides Bassoto Neto, 68 anos, mais conhecido como Tidinho.
“E aí, como a gente é escola e disputa alguns torneios, eu atendia para satisfazer… Mas depois o subia de novo, o Vitor chegava e arrebentava, mesmo dois anos mais novo”, completa treinador e presidente do Cruzeirinho.
Vitor Roque chega ao Palmeiras após uma temporada irregular no futebol espanhol. O centroavante deixa o Betis após 33 jogos, sete gols e duas assistências. Pelo Barcelona, foram 16 partidas, seis tentos e uma assistência. Vitor Roque foi revelado pelo Cruzeiro e brilhou pelo Athletico entre 2022 e 2023. Ao todo, foram 81 jogos, 28 gols e 11 assistências pelo time paranaense.
Vitor Roque: Moldado para trabalhar (e brilhar)
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O mineiro de poucas palavras foi moldado desde pequeno para brilhar. Ou melhor, foi forjado para trabalhar forte e, consequentemente, poder colher os resultados de seu esforço. Exatamente como prega a filosofia de seu maior ídolo, o português Cristiano Ronaldo.
“O Vitor sempre soube o que ele quis e onde ele quer chegar ”, garante a mãe, Hercília Roque Ferreira.
“Desde pequeno sempre foi muito focado, deixava qualquer festa de aniversário para dormir cedo por causa de treino ou jogo no dia seguinte”, emenda.
“Ele sabe que para a estrela dele brilhar, é preciso vencer os obstáculos no dia a dia. Tem que trabalhar”, reforça o técnico Luciano Alves Schuai, que conviveu com Roque por dois anos América-MG – e mudou a trajetória do garoto no futebol.
Foi no Coelho que o jovem deixou o meio-campo e passou a atuar no ataque. “Ele chamava atenção pelo chute, pelo um contra um, que era muito forte, e fomos trabalhando ele”, recorda Schuai.
Em 2019, Vitor Roque trocou a base do América-MG pela do Cruzeiro. Foi na Raposa que ele se profissionalizou em 2022. Mesmo ano em que foi comprado pelo Athletico na maior negociação da história do Furacão.
Após duas temporadas, o Tigrinho se tornou a maior venda da história do Rubro-Negro na negociação com o Barcelona. Em sua volta ao futebol brasileiro, Vitor Roque fica marcado como a contratação mais cara do nosso futebol.
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