O presidente de Israel, Isaac Herzog, conversou “nos últimos dias” por telefone com o bilionário Elon Musk com o intuito de retomar as discussões por um acordo que liberte os reféns capturados pelo Hamas, de acordo com a rede CNN.
Uma pessoa próxima de Herzog e com conhecimento sobre os diálogos com Musk afirmou à emissora que a ideia de buscar contato com o empresário sobre o assunto surgiu após conversas entre o presidente israelense e famílias dos sequestrados, que veem em Musk uma figura com capacidade de convencer as partes envolvidas e aproximar a questão do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Houve uma conversa entre o presidente e algumas famílias de reféns em que um dos assuntos foi a influência sobre Trump, e o nome de Elon Musk surgiu como o de alguém com influência sobre Trump. Assim, manter um canal aberto com ele é importante”, disse à CNN uma pessoa próxima dos familiares.
Musk foi o maior doador da campanha de Trump de retorno à Casa Branca, e mergulhou em atividades eleitorais nas últimas semanas antes do pleito que deu vitória ao republicano. Além disso, tornou-se uma figura próxima de Trump que o acompanha em eventos privados e familiares.
O empresário deve chefiar, junto com o também republicano Vivek Ramaswamy, um novo órgão federal dedicado à eficiência governamental na nova gestão —apesar de evidentes conflitos de interesse relativos à futura função e suas atividades empresariais, várias delas conectadas ao governo federal.
Aproximadamente 250 reféns foram capturados nos ataques de 7 de Outubro liderado pelo Hamas contra Israel. Dos cerca de 100 que se acredita estarem em Gaza, a estimativa é que aproximadamente um terço tenha morrido, segundo autoridades israelenses.
No início desta semana, o Exército de Israel anunciou que um refém americano-israelense dado como vivo, na verdade, morreu em 7 de outubro de 2023. Omer Neutra tinha 21 anos e serviu como comandante de pelotão no Corpo Blindado.
O grupo terrorista palestino ameaçou matar os sequestrados ainda vivos caso Israel executasse novas ações de resgate.
Em documento datado de 22 de novembro, o Hamas instruiu seus integrantes a não se preocuparem com as consequências ao seguir as ordens e afirmou que Israel é responsável pelo destino dos reféns. Não foi mencionado quando uma operação israelense poderia ocorrer.
Trump disse na segunda-feira (2) que grupos extremistas da Faixa de Gaza, em referência ao Hamas, “vão pagar caro” se os reféns ainda mantidos em cativeiro no território palestino não forem libertados antes de sua posse, que ocorrerá em janeiro.
“Se os reféns não forem libertados antes de 20 de janeiro de 2025, data na qual assumirei com orgulho o cargo de presidente dos Estados Unidos, aqueles que cometeram atrocidades contra a humanidade vão pagar caro”, escreveu o republicano em sua plataforma, a Truth Social. “Os responsáveis serão atingidos de forma mais dura do que qualquer um na longa e lendária história dos EUA. Libertem os reféns agora.”
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