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Itália denuncia prisão de cidadão desaparecido na Venezuela



O trabalhador humanitário italiano Alberto Trentini, desaparecido há dois meses na Venezuela, está atualmente detido no país sul-americano, segundo confirmou nesta quinta-feira (16) o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, que exigiu sua libertação.

“Fomos informados de que ele está preso e pedimos que seja tratado com respeito e que se permita uma visita consular”, disse Tajani à imprensa italiana.

Segundo acrescentou, o governo “está trabalhando” para garantir sua libertação, bem como a de outros oito ítalo-venezuelanos detidos nas prisões do país.

O Ministério das Relações Exteriores da Itália convocou nesta quarta-feira (15) o encarregado de negócios da embaixada venezuelana em Roma para “protestar veementemente contra a falta de informação” sobre a prisão deste trabalhador humanitário italiano, entre outros motivos.

Trentini, que trabalha para a ONG Humanity & Inclusion, teria sido detido no último dia 15 de novembro em um posto de controle enquanto viajava de Caracas para a cidade de Guasdualito, segundo seus familiares.

“Desde sua prisão até hoje, até onde sabemos, ninguém conseguiu vê-lo ou falar com ele. Nosso embaixador também não conseguiu contatá-lo ou ouvi-lo, apesar de seus esforços”, escreveu a família em um comunicado publicado pela imprensa.

Os familiares do agente humanitário, representados pela advogada Alessandra Ballerini, expressaram preocupação com a condição de Trentini, que também tem problemas de saúde que exigem medicação.

A queixa da família do trabalhador humanitário coincidiu com a ordem do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela aos governos de Holanda, França e Itália para que  limitem a três o número de diplomatas credenciados em cada uma das embaixadas em um período de 48 horas, em resposta ao que classificou como “conduta hostil” e apoio a “grupos extremistas”.

O governo italiano tem sido muito ativo em exigir que o ditador Nicolás Maduro publique a ata das eleições de 28 de julho, e a primeira-ministra, Giorgia Meloni, se referiu ao líder da oposição Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha, como presidente eleito do país caribenho.



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