O Ministério da Justiça da Itália deu sinal verde nesta segunda-feira (17) para o processo contra o cantor da banda britânica Placebo, Brian Molko, que chamou a primeira-ministra Giorgia Meloni de “fascista, racista e nazista” em um show em Turim, em 2023.
Os promotores solicitaram a autorização do ministério por ser necessária no caso do crime de insulto às instituições estatais, do qual Molko é acusado e que é punível com multa, informou a imprensa italiana.
O processo teve início depois que o Ministério Público (MP) do país começou as investigações e a chefe de governo, que também é líder do partido de direita Irmãos da Itália, apresentou uma queixa contra o cantor da banda britânica.
Molko insultou Meloni, chamando-a de “pedaço de m…, fascista, racista e nazista” durante a apresentação no palco em Turim, em julho de 2023, quando também pediu mais proteção para os “direitos de pessoas não binárias e transgêneros”, e pediu que seus fãs desligassem seus telefones para “viver o momento”.
Relacionado a ícones do glam rock como Lou Reed e David Bowie, Molko lidera o Placebo, uma banda britânica de glam rock e rock alternativo que já vendeu 14 milhões de cópias em todo o mundo.
Essa não é a primeira vez que Meloni denuncia figuras e personalidades culturais, como foi o caso do famoso escritor e jornalista italiano Roberto Saviano, a quem ela denunciou por difamação por tê-la chamado de “bastarda” em um programa de televisão em 2020, antes de ela se tornar primeira-ministra.
O processo na justiça foi concluído em outubro de 2023, com Saviano condenado a pagar a Meloni 1.000 euros por difamação.
A primeira-ministra italiana também apresentou uma queixa no passado contra o historiador Luciano Canfora, que a acusou de ser neonazista, mas ela acabou retirando a queixa e o caso foi encerrado em outubro de 2024.
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